Prestes a completar um mês do desaparecimento do avião bimotor no Sudoeste do Pará, as famílias dos cinco ocupantes estão desesperadas. Elas se encontraram com o ministro da Defesa, Celso Amorim, nesta semana, para pedir a liberação de mais militares nas buscas. No entanto, a reunião foi frustrante para os familiares.
"Ele [o ministro Celso Amorim] disse que o governo não tem dinheiro para mandar procurar o avião", afirmou Claudia Aguiar de Souza, irmã de uma das desaparecidas, em entrevista ao programa Boa Tarde Globo, com Alexandre Ferreira. Segundo ela, somente cinco bombeiros e alguns voluntários estariam realizando as operações na mata.
O avião desapareceu no dia 18 de março quando saiu de Itaituba em direção a Jacareacanga. A aeronove era tripulada pelo piloto, um motorista e três técnicas de enfermagem, que realizariam atendimento médico a uma aldeia de índios Munduruku.
De acordo com Rubélio Santos, tio de Rayline Sabrina Brito Campos, muitas pessoas se juntaram nas redes sociais para pressionar o governo a retormar as buscas. Segundo ele, o Ministro da Defesa prometeu usar novamente um avião que detecta metais. Foi Rubélio quem recebeu um SMS da sobrinha com a mensagem "O motor tá (sic) parando. Socorro tio". Depois disso, ele não conseguiu contatá-la. Ainda segundo Rubélio, elas eram contratadas por uma ONG para realizar o trabalho. "Eles não nos deram nenhuma assistência", reclamou.
Apesar de todo o sofrimento, Claudia se mostra esperançosa. "Deus me fala que minha irmã está viva. Eles levavam suprimentos para 20 dias, que seria para consumo na aldeia", lembrou.
De acordo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a situação da aeronave desaparecida, de matrícula PR-LMN, estava regular. A Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) estavam em dia.?
