Menu
Buscarterça, 23 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
32°C
Brasil

Governo apura se houve 'excesso' na Fundação Casa

03 julho 2015 - 22h00Por Do G1/Douranews

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (3) que o governo apura eventuais "excessos" de funcionários da Fundação Casa contra adolescentes que cumprem medidas socioeducativas na unidade Cedro, no Complexo Raposo Tavares, mas acredita que a unidade não deve ser fechada.

Na última quarta-feira (1), foi publicou imagens que mostran jovens com marcas de agressão em junho deste ano. A Defensoria Pública pediu o afastamento de funcionários e do diretor da unidade após denúncias de tortura e agressão ocorridas contra ao menos 15 adolescentes, mas a Justiça negou o pedido.

A defensora Fernanda Balera informou que vai recorrer da decisão. O Ministério Público também abriu investigação sobre o caso.

"É importante destacar que tem quatro funcionários feridos, teve um tumulto dentro da Fundação Casa. Agora, é norma do governo apurar, vai ser apurado, nós não toleramos nenhum tipo de excesso", disse Alckmin durante evento para assinatura de contrato de contrato de financiamento para projetos inovadores na área de saneamento.

Quando questionado se o governo fecharia o complexo Raposo Tavares, Alckmin negou e disse que existe uma "febre da judicialização", já que a Defensoria teria mais de 1400 ações contra o estado.

"Primeiro, se nós formos atender tudo que a Defensoria quer, o estado fecha [...] Claro que não [unidade ser fechada]. Se falta unidade quer fechar. Não tem estado que invista mais. Nós temos 10 mil adolescentes em privação de liberdade e 14 mil funcionários. Não tem nenhum estado brasileiro que invista tanto. É o estado que mais investe em socioeducação", completou.

A Fundação Casa disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que "não compactua com eventuais práticas de maus-tratos" e que instaurou processos administrativos para apurar os fatos .

Caso
Segundo petição encaminhada pela Defensoria à juíza corregedora do Departamento de Execuções da Infância e da Juventude, Luciana Antunes Ribeiro Crocomo, dias após tumulto ocorrido no dia 9 de junho na unidade, adolescentes foram agredidos com cassetetes, cadeiras, cintos e cabos de vassoura e ficaram feridos em várias partes do corpo.