As famílias que ocupam uma área na região do conjunto Ipê Roxo, na área Oeste de Dourados, estão prometendo resistir à decisão da juíza Larissa Cordeiro Amaral, da 2ª. Vara Cível, que determinou a desocupação do local até domingo (27), após mandado de reintegração de posse que teria sido impetrado pelos proprietários da área.
De acordo com lideranças do movimento, que já recebem manifestações de apoio de dirigentes de associações comunitárias das imediações, a área que eles ocupam pertence ao Município, depois de ter sido desapropriada como parte da fazenda Alvorada, que deu origem aos loteamentos que estão sendo feitos no local, como o próprio Residencial Ipê Roxo, entregue pelo prefeito Murilo Zauith (PSB) em dezembro do ano passado.
Uma reunião está sendo convocada para o final da tarde desta quarta-feira (23) quando se pretende constituir uma associação de moradores da área invadida para poder reagir à decisão de desocupação. O argumento deles é de que a Constituição Federal define a função social da propriedade e o Estatuto das Cidades, criado pela Lei 10.257, garante o bem estar dos cidadãos. "A juíza deveria analisar a situação das famílias e ver o que está sendo feito nessa área", dizem ocupantes, relatando que o terreno só tem servido como depósito de lixo e esconderijo de marginais.
