O ex-governador André Puccinelli (PMDB) segue firme no comando da sucessão municipal em cidades que considera estratégicas, sobretudo aos próprios projetos dele para eleições futuras. É o que vem acontecendo em Dourados, por exemplo, onde, segundo publica hoje o jornalista JC Torraca, ele teria sugerido à vereadora Delia Razuk [que prepara a saída do PMDB para ingressar no PR) que reveja seus planos porque ela é contada como eventual candidata a vice de André nas eleições de 2018, quando o ex-governador vai tentar retornar ao poder central em Mato Grosso do Sul.
Em recente conversa de gabinete, e até em visitas reservadas ao casal Délia e o ex-deputado Roberto Razuk [André foi deputado junto com o marido de Délia na década de 80], o principal líder peemedebista no Estado teria pedido à pré-candidata a prefeita de Dourados para não sair do partido.
O ex-governador, empenhado ainda em solucionar impasse criado em torno das próprias eleições municipais, em Dourados e em Campo Grande, acha que uma das formas para “acalmar os Trad”, como escreve Torraca, referindo-se à família do ex-prefeito da Capital, Nelsinho Trad, seria acomodar o irmão dele, Fabio, primeiro suplente à Câmara Federal, de volta à cadeira; para isso, basta eleger Geraldo Resende prefeito em Dourados.
Escreve JC Torraca: “A estratégia seria Délia ficar no PMDB e apoiar a ida de Geraldo Resende para a prefeitura de Dourados e, como recompensa, ser a vice de André na eleição estadual de 2018”. A conversa, segundo revela o jornalista, teria recebido, inclusive, o aval do ex-deputado Londres Machado, principal líder do PR no Estado, e que aguarda a filiação da vereadora douradense.
Recentes pesquisas indicam que Délia lidera, junto com Geraldo, a corrida sucessória em Dourados, onde também aparece o nome do ex-deputado Marçal Filho, agora no PSDB, mas que já teria dito a aliados políticos que “está no projeto” de Reinaldo. Por enquanto, o governador tucano ainda não se manifestou sobre o assunto.