Os Jogos do Rio marcam o fim de uma era na história das Olimpíadas. No futuro elas serão sediadas por mais de uma cidade e até países. Não haverá mais parque olímpico e as competições serão marcadas pela sustentabilidade, procurando evitar a construção de novas instalações. As mudanças virão a reboque da Agenda 2020, plano do Comitê Olímpico Internacional para manter viva a maior competição do planeta.
A lista de 40 propostas surgiu depois dos Jogos de Inverno de Sochi, em 2014, os mais caros de todos os tempos (US$ 51 bilhões) e da desistência de oito cidades à candidatura dos Jogos de Inverno de 2022. Sobraram apenas Almaty, no Cazaquistão, e a vencedora Pequim, que não tem neve. O objetivo da Agenda 2020 é tornar os Jogos Olímpicos menos caros e mais atraentes, segurando o seu gigantismo e promovendo uma rotação maior de modalidades em seu programa.
Por conta disso tudo, o Rio vai receber os "Jogos do passado", na avaliação do pesquisador Lamartine da Costa, que lançou no mês passado o livro eletrônico "O Futuro dos Megaeventos", com artigos de especialistas sobre propostas de como lidar com o pós-Jogos. Autor do "Atlas do Esporte no Brasil", ele acredita que o Rio foi "vítima de uma situação", mas que ainda assim pode mudar a o destino caso adote uma postura de cidade olímpica, abrigando outros eventos esportivos depois de 2016, como campeonatos mundiais.
