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Ponte destruída deixa alunos quase um mês sem aulas em Bonito

29 novembro 2017 - 14h35Por Graziela Rezende/G1

Moradores e alunos do Distrito de Miranda, a 72 km de Bonito, na região sudoeste do estado, afirmam estar sofrendo com os transtornos causados pela enxurrada deste mês de novembro. Nesta terça-feira (28), a pescadora Fabiana da Silva Cardoso, de 35 anos, afirmou que centenas de pessoas, residentes no bairro Cabana Volta Grande, estão com muita dificuldade de locomoção por conta da destruição de uma ponte.

O prefeito Odilson Soares e ele afirmou estar resolvendo o problema. "As chuvas dos últimos dias foram realmente fortes e nós recebemos todas as solicitações dos moradores. Por enquanto, disponibilizamos uma Van para o transporte e estamos em processo de licitação para reconstrução da ponte", afirmou o prefeito.

"As crianças precisam atravessar pela água, durante todo este mês. No entanto, quando a água enche, ficamos presos. Esses dias, eu, meus três filhos de 2, 12 e 15 anos, além de outras crianças, ficamos presos das 8h às 16h, sem alimento, nada. O motorista comprou do bolso dele e conseguimos chegar à noite em casa. Hoje, por exemplo, as crianças não foram para escola. A prefeitura falam o tempo todo que está mandando uma máquina pra arrumar, mas, nunca chega", afirmou ao G1 a pescadora.

Também pescador profissional, Virgílio Ledesma, de 55 anos, afirma que são ao menos 200 crianças e mais dezenas de famílias que vivem na região. "Nós estamos sendo deixados de lado. Hoje mesmo, a chuva foi com menos intensidade e, mesmo assim, meus filhos não foram para a escola. É metade do ano perdido para eles. A construção, com certeza, não é feita corretamente, pois a chuva vem e leva tudo embora", comentou.

No início da semana Ledesma comenta que um morador, utilizando uma caminhonete, ajudou na travessia das crianças para escola. "A Van cedida pela prefeitura quebra, por diversas vezes. E ontem as crianças ficaram no carro e a água quase cobriu tudo. Nós já fizemos inúmeros documentos e mandamos para a prefeitura, o secretário de obras. O que é perigoso é se alguém ficar doente, por exemplo. Com a pesca proibida, não podemos usar barco e aí fica díficil porque de carro também ninguém atravessa", lamentou o pescador.

Há oito dias, no mesmo município, um ônibus escolar que ficou entalado em um córrego. O veículo levava estudantes da zona rural para estudar na cidade. O motorista pegou um caminho alternativo porque a ponta por onde costuma passar estava interditada.

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