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Delegado coordenador da Lava Jato critica redução na equipe da PF no Paraná

26 maio 2017 - 16h00Por Bibiana Dionísio/G1

Delegado federal Igor Romário de Paula, coordenador da Operação Lava Jato no Paraná, afirmou nesta sexta-feira (26) que existe uma dificuldade em relação à quantidade de pessoas na equipe que precisa ser superada. “Com o número que a gente tem hoje, é muito difícil dar continuidade para o trabalho da forma satisfatória, como sempre foi”, disse o delegado.

Segundo ele, esta é uma dificuldade operacional. "A gente vai ter que superar, porque, se não, o prejuízo no trabalho vai ser concreto”, disse o delegado. Atualmente, de acordo com o delegado, são 120 procedimentos em andamento. Nesta sexta-feira, foi realizada a 41ª fase da operação.

No início da semana, a Polícia Federal divulgou uma nota oficial na qual confirmou a redução de profissionais na força-tarefa no Paraná. De acordo com a Polícia Federal, diante do elevado número de operações que tem sido deflagrado, o contingente de policiais precisou ser readequado.

“Como é de conhecimento público, outras inúmeras operações de grande envergadura estão em andamento em vários estados. Diante desse cenário, o contingente de policiais federais especializados no combate à corrupção e lavagem de dinheiro em todo o país tem sido readequado, de acordo com as demandas de todas as unidades da PF, o que inclui a Superintendência Regional no Paraná”, dizia trecho da nota.

Conforme dito pelo delegado Igor Romário de Paula, atualmente, além dele, mais cinco delegados atuam na força-tarefa da Lava Jato no Paraná.

Igor Romário de Paula explicou que boa parte do efetivo que atuava no Paraná era do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, que são regiões que tiveram aumento de demanda em virturde, principalmente, dos depoimentos dos acordos de colaboração de pessoas ligadas à Odebrecht. No Paraná, contudo, de acordo com o delegado, a demanda foi temporariamente menor.

O delegado considerou que quanto maior a equipe, melhor o resultado obtido. “Agora, também, tem o problema que nós não podemos trazer uma equipe sem a qualificação necessária porque, se não, a gente faz número e o resultado também não atinge o objetivo”
Ele disse não ver nenhum indício de tentativa de barrar a investigação em Curitiba. O que ocorre é a descentralização da operação. "Fica difícil os estados ficarem cedendo gente para cá."

O procurador do Ministério Público Federal (MPF) Carlos Fernando dos Santos Lima falou sobre a redução da equipe da Polícia Federal e disse que é necessário que a equipe seja de fato operacional. No MPF, segundo ele, são 13 procuradores e a equipe está recebendo um reforço de assessoria.

"A operação em Curitiba não está diminuindo, ao contrário, nós vamos ter muito serviço pelos anos pela frente. Não só de novos faltos, mas também de todas as acusações que nós temos que proceder", disse o procurador.