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Brasil

Senadores de MS ajudam a salvar Aécio das medidas cautelares impostas pelo Supremo

18 outubro 2017 - 11h48Por Max Rocha/Douranews

O Senado Federal decidiu revogar ontem (17) em votação aberta e nominal em um placar apertado de 44 votos a 26 as medidas cautelares impostas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Com total apoio dos senadores de Mato Grosso do Sul, Waldemir Moka, Simone Tebet (ambos do PMDB) e Pedro Chaves (PSC) - este que era suplente do então senador Delcídio do Amaral, cassado por motivos aparentes ao de Aécio, a maioria decidiu salvar o senador mineiro.

Até o início da votação os parlamentares sul-mato-grossense eram uma incógnita, mas ao final votaram pelo ‘não’, revogando as medidas cautelares impostas pelo STF. A confirmação de como eles votaram foi divulgada pela jornalista da Globo News, Cristiana Lôbo.

O senador do PSDB estava afastado das funções parlamentares e proibido de deixar sua residência no período noturno desde o fim de setembro. Aécio foi gravado pelo empresário e delator Joesley Batista, pedindo R$ 2 milhões, o senador tucano foi denunciado sob acusação de corrupção passiva e obstrução de Justiça.

Do total de 81 membros que compõem o Senado Federal, apenas 71 compareceram para deliberar sobre o tema. Aécio foi salvo com 3 votos a mais do que o necessário, visto que obteve 44, ou seja, 41 já o salvava das restrições impostas pelo Supremo.

Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado, abriu a sessão pouco depois das 16 horas, afirmando que caso não atingisse o mínimo de votos a votação seria repetida quantas vezes fossem necessárias.

Caso Delcídio

O entendimento não existiu na votação que manteve preso o senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), em 2015. Naquele caso, a maioria era necessária apenas para derrubar a decisão do STF, não para mantê-la -se o placar fosse de 40 a 29 pela prisão, por exemplo, seria mantida a decisão.

A deliberação já havia sido adiada duas vezes. Às vésperas, houve prolongado debate sobre nova postergação, uma vez que preocupava os senadores governistas o possível baixo quórum da sessão, já que havia a perspectiva de muitas faltas.

No entanto, apesar do cenário apertado, os tucanos decidiram não pedir novo adiamento por avaliar que o desgaste de Aécio aumenta entre seus pares à medida que o tempo passa.

Apelo de Aécio

O senador tucano, com incerteza do placar, chegou a enviar carta para os colegas, pedindo o apoio e apelando ao corporativismo da Casa, já que muitos dos seus pares também estão sendo investigados.

Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, voltou a Brasília na terça-feira (17) apenas para votar pela salvação de Aécio. Ele passou as últimas duas semanas na capital paulista tratando de uma diverticulite.

Já o senador pelo estado de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), disse que não compareceria à sessão, alegando ter caído da mula em sua fazenda. Mas apareceu em uma cadeira de rodas e votou para manter Aécio afastado das funções. E Paulo Bauer (SC), líder do PSDB no Senado, que passou mal e teve de ser internado, conseguiu chegar a tempo de decidir a favor do senador tucano.