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Leonardo Picciani pediu parcela de contrato de publicidade do Ministério da Saúde, disse marqueteiro

16 novembro 2017 - 15h21Por Fernanda Rouvenat/G1

O marqueteiro Renato Pereira afirmou em sua delação, que ainda não foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal, que foi chamado para participar de uma reunião com o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), para tratar de facilidades para que a sua agência, a Prole, ganhasse uma licitação de publicidade no Ministério da Saúde. A pasta era, na época, também era ocupada pelo PMDB, partido de Picciani.

Segundo o depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República, a primeira reunião teria sido em um escritório de advocacia no Rio de Janeiro, em 2015.

Picciani teria perguntado a Renato Pereira se a Prole, agência do marqueteiro, teria interesse em participar, mediante uma remuneração de 4,5% da receita bruta da agência para o ministro. De acordo com o depoimento, esse era o valor que a outra agência, a Propeg, também pagava.

Por conta desse percentual, Renato Pereira diz que desistiu de participar da licitação. Em uma segunda reunião, na casa de Leonardo Picciani, o ministro teria proposto ao marqueteiro o pagamento de 3%. Desta maneira, o acordo foi fechado.

Após o acordo, Renato Pereira diz que foi a Brasília para uma reunião com um funcionário do Ministério da Saúde, onde ficou acordado que a Prole seria uma das agências vencedoras da conta de publicidade da pasta, mas, após o impeachment de Dilma Rousseff, a família Picciani perdeu a influência do Ministério da Saúde e a licitação, que já estava acertada, foi suspensa.

Ministério do Esporte

Em 2016, Renato Pereira disse que voltou a se reunir com Picciani, que havia sido nomeado ministro do Esporte. No novo encontro, dessa vez no gabinete do ministro, Renato Pereira fechou o acordo em que a Prole ganharia a licitação para a pasta. Logo em seguida, Pereira afirmou que desistiu de assumir a conta, pois não seria lucrativa, devido a estrutura que teriam que montar em Brasília.

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