Após duas reuniões curtas, de cerca de 40 minutos, neste sábado (2) e domingo (3), o ministro-chefe do GSI (o Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen, disse, neste domingo, que o governo não está desmobilizado e continua acompanhando a retomada do abastecimento do país após a paralisação dos caminhoneiros. Segundo o ministro, o decreto que estabelece o emprego das Forças Armadas no contexto da GLO (a Garantia da Lei e da Ordem), cujo prazo de vigência termina esta segunda(4), não deverá ser prorrogado.
"Neste momento, não há nenhum elemento que sugira a prorrogação da GLO. A decisão é encerrá-la (amanhã)", disse em entrevista à imprensa, no Palácio do Planalto. Para liberar as rodovias e reabastecer o país com os produtos retidos nas estradas durante a paralisação dos caminhoneiros, Temer autorizou o emprego das Forças Armadas. Segundo o ministro, a avaliação que se tem hoje é que o abastecimento no país está "completamente normalizado".
"Nossa avaliação é que estamos em um quadro de normalidade e que não tende a ser modificado', afirmou.
Etchegoyen disse ainda que o governo acompanha notícias nas redes sociais de convocação de uma nova manifestação dos caminhoneiros para esta segunda-feira, mas que elas ainda não geram preocupações alarmantes. "Há movimento na mídia e há acompanhamento nosso. Não temos nenhuma indicação de que isso mude a atitude do governo e a nossa preocupação", disse.
O ministro disse ainda que as reuniões do Grupo de Acompanhamento de Normalização do Abastecimento, que reúne diversos ministros, entre outras autoridades, têm sido realizadas para acompanhar o andamento do acordo firmado com os caminhoneiros e o cumprimento de ambas as partes.
O acordo abrange medidas que incidem diretamente sobre o preço do diesel. Perguntado pela Agência Brasil se o governo estuda medidas para abranger também o preço da gasolina, Sérgio Etchegoyen disse que a discussão não ocorre no âmbito desse grupo e que não tem sido pauta nessas reuniões no Palácio do Planalto. Segundo ele, a questão deve estar sendo discutida em outras instâncias, como no Ministério de Minas e Energia. "Nós aqui estamos tratando do que passou. O que vem pela frente está sendo tratado pelo governo em outros fóruns", afirmou.