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Hackers que atacaram Moro podem ter feito mais de mil vítimas no País

25 julho 2019 - 11h52

Durante Coletiva de Imprensa, a PF (Polícia Federal) informou, nesta quarta-feira (24), que, pelo menos, mil números telefônicos diferentes podem ter sido alvo da quadrilha suspeita de hackear o aplicativo de mensagens Telegram do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e de outras autoridades. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também pode estar entre as vítimas, publica a Agência Brasil de notícias.

"Aparentemente, mil números telefônicos diferentes foram alvo desse mesmo modus operandi dessa quadrilha. Há possibilidade, ainda não temos uma identificação e nem começamos a fazer isso, mas há possibilidade de um número muito grande de possíveis vítimas desse mesmo tipo ataque que está sendo investigado agora", disse o coordenador geral de Inteligência da PF, João Vianey Xavier Filho.

A PF investiga se o ministro da Economia foi vítima do mesmo grupo. "No momento da busca e apreensão, no celular de um dos indivíduos estava uma conta no aplicativo de mensagens vinculada com o nome Paulo Guedes. A gente tem que confirmar isso de forma pericial, mas é forte indicativo de que a conta seja realmente a do ministro", explicou o diretor do Instituto Nacional de Criminalística, Luiz Spricigo Júnior.

Pelo Twitter:

Por meio do perfil na rede social Twitter, Moro parabenizou a PF, o MPF (Ministério Público Federal) e a Justiça Federal pelas investigações. E alfinetou:

Sergio Moro
✔@SF_Moro

Parabenizo a Polícia Federal pela investigação do grupo de hackers, assim como o MPF e a Justiça Federal. Pessoas com antecedentes criminais, envolvidas em várias espécies de crimes. Elas, a fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime.

48,1 mil
13:09 - 24 de jul de 2019
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De acordo com Xavier Filho, os números telefônicos supostamente atacados serão identificados para que se possa aferir a extensão exata dos ataques. A PF pediu uma reunião com o presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para buscar formas de sanar as fragilidades encontradas na investigação.

Atuação

De acordo com a PF, a investigação é conduzida desde pelo menos abril, quando procuradores da Força Tarefa da Lava Jato passaram a relatar algumas ligações recebidas em seus aparelhos originadas do próprio número. Em junho, Moro e outras autoridades informaram ocorrência semelhante.

A polícia conseguiu então chegar aos números de IP, que são relacionados à conexão à internet, dos dispositivos que supostamente executaram os ataques. Também foi identificado o tipo de equipamento que os indivíduos usavam. "Um dos equipamentos era um celular exatamente da marca e modelo que foi identificado na posse dos indivíduos", diz Júnior.

De acordo com Filho, na residência de um dos alvos, foi localizado pela PF um computador contendo "atalhos de conexão a várias contas de aplicativo de mensagem". Segundo ele, tudo indica que havia captura sistemática de contas desses aplicativos. "Não há como confirmar, o levantamento é preliminar, mas tudo indica, e aparentemente isso vai ser melhor esclarecido mais adiante, que o conteúdo das mensagens dessas contas capturadas era baixado nos dispositivos, nos computadores dos investigados", diz Filho.

Fraudes bancárias

De acordo com a PF, o grupo era especializado em fraudes bancárias por meio da internet. "O perfil dessas pessoas é de estelionato bancário eletrônico. Eles estão em vários graus diferentes de envolvimento, de alguma forma ou de outra, vinculados a fraudes bancárias eletrônicas, praticadas mediante internet banking, mediante engenharia social com o contato de possíveis vítimas e fraudes em cartões de crédito e débito", diz Filho. Segundo ele, foi localizada na casa de um dos alvos quase R$ 100 mil em espécie.

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