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Vizinho confessa que matou adolescente em campinho por vingança após três furtos

14 outubro 2016 - 12h59

O caminhoneiro José Milton da Silva Fraga, de 49 anos, se apresentou hoje na 7ª DP (Delegacia de Polícia) juntamente com seu advogado Rodrigo Duarte. Ele é acusado de ter matado um jovem de 16 anos, que teria assaltado sua casa 3 vezes em 90 dias, em um campinho de futebol no Jardim Carioca.

“Eu fiquei indignado. Cheguei em casa na terça (11) e estava tudo revirado. Fui atrás dele no campinho, porque sabia que tinha sido ele. Pedi minhas coisas. Ele levou meu salário, um sacolão e roupas. Ele veio com outros 3 pra cima de mim, com as mãos escondidas nas costas”, explica o caminhoneiro que teria, então, se apossado de uma espingarda de pressão, adulterada para calibre 22 e atirado contra o rapaz. Com o salário, ele afirmou que iria comprar presentes para os filhos de 18, 11 e 6 anos de idade.

Segundo o acusado, ele teria posse da arma há mais de 10 anos. O advogado de José Milton, informou que o caminhoneiro já havia registrado Boletim de Ocorrência 2 vezes pelos furtos ocorridos em sua residência e que ele sabia da fama do jovem e dos amigos no bairro. Duarte ainda afirmou que o jovem faz parte de uma gangue formada com amigos e parentes e seria usuário de drogas. Por conta das perseguições e ameaças sofridas, a defesa alegará legítima defesa.

Passagens pela polícia

O adolescente de 16 anos, já teria furtado várias casas na região, segundo moradores do bairro. Nesta quarta-feira (12), os vizinhos disseram ao Jornal Midiamax que todos tinham conhecimento que o adolescente era usuários de drogas e cometia pequenos furtos para trocar por entorpecentes.

Segundo uma vizinha, o rapaz já teria furtado a casa do suspeito que, estava irritado com a situação e, teria prometido matá-lo. Outra moradora relatou morar há dois meses no local e que foi alertada pelo antigo dono da casa onde reside sobre o rapaz.

Casa Incendiada

No mesmo dia em que o jovem morreu, a casa José Milton foi incendiada. O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou a perda total da estrutura da residência. “Quando chegamos já não era mais possível evitar que a estrutura fosse comprometida. A casa está inabitável”, revelou o tenente do Corpo de Bombeiros, Paulo Cordeiro Ramiro.

Moradores informaram à polícia terem visto pessoas com galões jogando combustível na casa. No local, os bombeiros encontraram alguns galões, porém, não puderam assegurar que haviam sido usados para provocar o incêndio.

“Perdi minha casa, meus móveis, todas as minhas coisas. Estou dormindo no trecho”, diz ele, referindo-se pernoitar no caminhão em que trabalha.