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Justiça interroga pela primeira vez acusados pela morte de Wesner em lava-jato

31 outubro 2017 - 11h25Por TV Morena

Os dois acusados de agredir o jovem Wesner da Silva em um lava-jato de Campo Grande com uma mangueira de ar comprimido foram interrogados pela primeira vez pela Justiça. Eles prestaram depoimento no fórum da capital na segunda-feira (30).

Um deles contou que pegou a vítima e colocou no ombro; em seguida desceu o menino e o segurou. Teria sido aí que o outro acusado passou a mangueira nas nádegadas de Wesner, que se sentiu mal e foi encaminhado pelos próprios agressores até uma unidade de saúde no bairro Tiradentes.

A defesa pretende provar que o episódio não foi intencional. "O médico legista, após tomar ciência de um laudo que ele não tinha conhecimento, veio em juízo, quando foi perguntado por mim se houve a introdução da mangueira, ele disse que houve a aproximação da mangueira. E ele reafirmou que quem agiu com a mangueira agiu por imprudência, negligência e imperícia. O que confirma a tese da defesa de homicídio culposo - quando não há intenção de matar", afirmou Francisco Guedes Neto, advogado de defesa.

Já o advogado da família de Wesner disse que vai confrontar informações. "Nós vamos analisar o interrogatório para ver se tem coerência com as demais provas que já estão nos autos e, ainda, as demais perícias que vão ser juntadas. Além do mais, existem contradições tanto em depoimentos do réu quanto da família", explicou Samuel Trindade.

Ainda de acordo com a acusação, a vítima contou que teve a roupa retirada. "Se não me engano, a tia falou que o Wesley contou que abaixaram as calças. E, por ser um menino de 17 anos, por ser um menino novo, não conseguiu falar para a psicóloga. Mas temos que ver qual é a versão que aproxima dos fatos reais", completou.

Família e amigos do jovem fez protesto em frente ao fórum. Com cartazes, pediam a condenação dos acusados.
"A gente espera que a justiça seja feita. O nosso pedido é que eles sejam presos. Nós só queremos que eles paguem pelo que fizeram com meu filho. Meu filho saiu para trabalhar e não deixaram ele voltar", contou Marisilva da Silva, mãe de Wesner.

A segurança foi reforçada durante o tempo em que permaneceram no fórum. O motivo, segundo a defesa, é que duas pessoas encapuzadas passaram pelos acusados na última audiência fazendo sinal de que estavam armadas. O advogado, então, comunicou o juiz e pediu que o policiamento fosse aumentado. A mãe de Wesner negou que houve ameaça.