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Estudante reconhece que estava acima da velocidade quando matou advogada no trânsito

10 novembro 2017 - 11h40Por TV Morena

O estudante de medicina João Pedro Miranda Jorge, de 23 anos, foi interrogado novamente, nesta quinta-feira (9), sobre o acidente que matou a advogada Carolina Albuquerque, de 24 anos, e feriu o filho dela, de 3 anos, em Campo Grande. O universitário dirigia a caminhonete que bateu no carro de Carolina.

João Pedro deixou a 3ª Delegacia no fim da tarde. Segundo a Polícia Civil, no interrogatório, que durou cerca de uma hora e meia, o suspeito reconheceu que estava acima da velocidade, mas negou que dirigia a 150 km/h e que estava embriagado. João Pedro disse que fugiu porque estava com medo de ser linchado.

O delegado Geraldo Marim pediu perícia das imagens de câmeras de segurança que registraram o acidente e disse que não tem dúvidas do excesso de velocidade da caminhonete dirigida pelo estudante.

João Pedro já foi indiciado por quatro crimes: homicídio doloso, quando o motorista assume o risco de matar ao dirigir em alta velocidade e alcoolizado, lesão corporal, omissão de socorro e evasão de local de acidente.

Entenda o caso

O acidente aconteceu no início da madrugada do dia 2 de novembro na avenida Afonso Pena com avenida Doutor Paulo Machado, bairro Santa Fé.

Por causa do impacto, a caminhonete capotou e o carro da advogada parou a cerca de 100 metros de distância em um poste. Ela ia cruzar a avenida passando o sinal vermelho, segundo testemunhas. O jovem fugiu do local do acidente e se apresentou à polícia três dias depois. A Justiça concedeu liberdade provisória sob fiança de R$ 50 mil e uso de tornozeleira eletrônica.

Testemunhas disseram às autoridades que Jorge estava em alta velocidade e com sinais de embriaguez. O jovem procurou atendimento em um hospital particular próximo. O passageiro da caminhonete foi atendido pelos socorristas e encaminhado a uma unidade de saúde.

A criança fraturou a clavícula e, segundo a família, os médicos também identificaram que o menino machucou duas costelas. O garoto está aos cuidados da avó materna após receber alta do hospital no domingo (5).

Outro processo

O estudante de medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge é investigado por envolvimento em outro acidente no início deste ano e poderá ser indiciado por fraude processual. O fato teria ocorrido na avenida Euler de Azevedo, bairro São Francisco.

A autoria foi registrada em nome de um funcionário público de 63 anos, que seria pai do suspeito. Mas durante o interrogatório, ao ser questionado sobre o acidente do dia 21 de janeiro, o estudante de medicina disse que não teve culpa e o acidente resultou somente em danos materiais. Além disso, há indícios de que o jovem tenha fugido do local do acidente e o pai teria assumido a culpa.

O condutor de 27 anos e a mãe de 69 anos, vítimas do acidente no início do ano, prestaram depoimento nesta quarta-feira (8), na 7ª Delegacia de Polícia, e reconheceram o estudante de medicina como motorista na ocasião dos fatos.