O governador André Puccinelli, do PMDB, lamentou ontem o envolvimento dos principais dirigentes políticos de Dourados com o esquema de fraude em licitações e distribuição de propinas e afirmou que vai esperar a Câmara de Vereadores se recompor para definir quem será o interventor no Município. Com um palavrão, impublicável, ele disse ao Douranews que agora “Dourados precisa levantar a auto-estima, e escolher gente de bem nessas eleições”.
O presidente da Sanesul, José Carlos Barbosa, representou o governador na posse do prefeito interino, Eduardo Rocha, na manhã deste sábado (4 de setembro), na Câmara de Vereadores de Dourados.
De acordo com o governador, a legislação determina que, em caso de prorrogação das prisões dos cinco vereadores que ainda permanecem na Phac (penitenciária Harry Amorim Costa) – Sidlei Alves, Zezinho da Farmácia, Edvaldo Moreira, Humberto Teixeira Junior e José Carlos Cimatti –os suplentes deverão ser convocados. “E aí, escolhendo um novo presidente, este passaria a ser o substituto imediato do prefeito”, comentou.
André veio a Dourados participar do lançamento da candidatura do deputado federal Marçal Filho à reeleição. No palanque improvisado, ficou junto com a vereadora Délia Razuk e o vereador Gino Ferreira, além dos candidatos ao Senado Murilo Zauith e Waldemir Moka e a deputado estadual, Zé Teixeira.
Dos 12 vereadores eleitos em Dourados, apenas a vereadora Délia não foi citada no relatório da Polícia Federal, que comandou a operação “Uragano” (furacão, em italiano). Dos demais, Gino e Dirceu Longhi foram ouvidos, liberados e indiciados; os outros nove foram presos e alguns, como Aurélio Bonatto, Marcelo Barros, Paulo Henrique Bambu e Tio Julio Artuzi tiveram a prisão temporária relaxada ontem a tarde.
