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Projetos inovadores de alunos do Senai despertam interesse em empresas

18 agosto 2017 - 12h35

Como parte da conclusão do curso técnico em automação industrial do Senai de Dourados, os alunos desenvolveram projetos inovadores que já despertaram o interesse das indústrias da região. Entre esses projetos estão uma horta hidropônica vertical, uma máquina para recarga de toner químico, um sistema de tratamento de água cinza e um indicador de gases incondensáveis em sistemas por amônia.

Os trabalhos foram apresentados aos demais alunos do Senai de Dourados durante evento realizado no auditório da instituição, quando foram exibidos os protótipos funcionais. De acordo com o gerente do Senai de Dourados, Yashi Sakimoto de Miranda, cada grupo apresentou o trabalho por 20 minutos para outras turmas dos outros cursos da instituição e a repercussão foi positiva, pois os colegas ficaram admirados com a criatividade.

O instrutor e orientador dos alunos do curso técnico em automação industrial do Senai de Dourados, Daniel Diego Reynolds, comenta que, neste momento, a instituição não mede esforços para o desenvolvimento de soluções para o dia a dia das pessoas. “Essa nova fase de projetos inovadores está sendo incrível, pois os alunos estão focados, gerando ótimas ideias e com grande empenho para a conclusão de seus trabalhos. Realmente me enche de ânimo vê-los trabalhando neste ritmo”, destacou.

Ele acrescenta que a unidade curricular Projeto Integrador é uma nova forma de avaliar as competências dos futuros técnicos, conforme os desafios propostos pelo dia-a-dia. “Neste caso, os alunos utilizaram de plataformas de prototipagem para desenvolver os protótipos com o menor investimento possível, comprovando que conseguem gerar soluções efetivas com um baixo custo de infraestrutura”, detalhou.

Os projetos

Segundo o futuro técnico em automação industrial Márcio Nogueira França, que lidera a equipe responsável pelo desenvolvimento da horta hidropônica vertical, a confecção do protótipo funcional trouxe muitas informações para todos os participantes. “Ao construi-lo, aprendemos muito e sei que poderíamos tê-lo deixado mais incrementado, mas serviu de grande experiência para nós”, disse, completando que os outros componentes do grupo são os alunos Wellington Bertalia Feitosa, Weslei Lourenço de Moura e José Genilson Santos.

Já o sistema de tratamento de água cinza, desenvolvido pelos alunos Rafael Massi de Morais, Adão José Cardoso de Oliveira, André Dalpiaz e Luciano Xavier Santos, promove o tratamento de água para uso diário, utilizando um sistema similar ao usado por uma indústria (ETA), aproveitando a água já utilizada em outros processos para atender uma residência.

A máquina de recarga de toner químico, desenvolvida pelo aluno Vagner Rell de Oliveira Flores, elimina o processo manual e é realizado por meio de um software desenvolvido pelos alunos para que o equipamento execute todo o processo de limpeza sem contato humano, valendo ressaltar que o pó utilizado em toners é extremamente nocivo ao corpo humano.

Para facilitar a operação em uma casa de máquinas, a equipe formada pelos alunos Sérgio Andrade Duarte, Bruno Ferreira dos Santos Silva e João Alessandro da Silva desenvolveu o indicador de gases incondensáveis em sistemas por amônia, fornecendo assim a eficiência do sistema de refrigeração de forma mais rápida e efetiva. O instrutor Daniel Diego Reynolds destaca que, além de todos os projetos cumprirem com o objetivo proposto, o indicador de gases incondensáveis em sistemas por amônia foi implantado dentro de uma planta industrial real, onde foram realizados testes e aprovado pela equipe técnica do local.

Interesse

O supervisor de manutenção da JBS Foods, Alessandro Florêncio da Silva, destacou que todas as empresas de grande porte têm duas despesas altas - a folha de pagamento e a conta de energia elétrica - e o projeto dos alunos do Senai de Dourados pode contribuir para a redução do consumo de energia de uma indústria.

Alessandro da Silva explica que nos frigoríficos cerca de 70% da conta de energia refere-se à casa de máquinas, onde se têm máquinas do sistema de refrigeração e, dentro delas, há ainda um sistema de refrigeração por amônia. “O fator comum é que há ar na instalação, sendo que todos os sistemas têm uma certa porcentagem, mas poucos fazem a gestão desse indicador. Com o equipamento desenvolvido pelos alunos do Senai, podemos fazer a gestão online do ar nas instalações em sistemas de refrigeração por amônia”, detalhou.

O supervisor de manutenção da JBS Foods acrescenta que um quilo de ar significa 8% de aumento em sua conta de energia e, no caso da empresa onde atua, que tem uma fatura de R$ 1,5 milhão, trabalhar com um quilo de ar na instalação onera em muito a conta de energia da indústria. “Portanto, meus parabéns para o professor, meus parabéns para o Senai e, principalmente, meus parabéns ao aluno Sérgio Andrade Duarte, que teve a ideia e conseguiu a parceria para instalar o equipamento a campo. Trata-se de um ótimo trabalho e que será muito útil para as indústrias”, avaliou.

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