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Economia

Lista do trabalho escravo inclui 34 novos nomes

11 abril 2018 - 11h19

Após decisão judicial proferida pela 11ª Vara do Trabalho de Brasília em ação do MPT (Ministério Público do Trabalho), o Ministério do Trabalho atualizou nesta terça-feira (10), o Cadastro de Empregadores, mais conhecido como Lista Suja do Trabalho Escravo. A nova lista traz como novidade a inclusão de mais 34 nomes de pessoas físicas e jurídicas, de um total de 166. Entre as empresas, estão a ALL América Latina Logística (atual Rumo Malha Paulista), a Cone Brasil, que comercializou alimentos no Rock In Rio e duas construtoras responsáveis por obras no Programa Minha Casa Minha Vida.

Confira a lista atualizada

Para o vice-coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, Ulisses Dias Carvalho, a atualização demonstra que a União está dando transparência para que a lista seja publicada de forma periódica. "A divulgação é importante também porque com base na Resolução 3.876 de 2010 do Banco Central as instituições financeiras integrantes do Sistema Nacional de Crédito Rural não podem renovar ou conceder financiamentos para quem constar nesta lista", ressaltou. Os 34 nomes foram responsáveis por 269 trabalhadores em situação análoga à de escravo.

O Cadastro de Empregadores ficou sem atualização entre o período de dezembro de 2014 e março de 2017. A suspensão ocorreu porque um dos empregadores questionou a legalidade da lista no STF (Supremo Tribunal Federal) e o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a divulgação em dezembro de 2014. Agora, após a decisão esclarecendo e ratificando a necessidade de atualização periódica, o governo será obrigado a dar publicidade ao cadastro a cada seis meses, sem a necessidade de provocação por parte do MPT, informa a assessoria do órgão.