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Empresa douradense aparece na ‘lista suja’ do trabalho escravo

05 outubro 2018 - 21h04

Uma empresa prestadora de serviços e que atua com o comércio de madeiras, serviços de preparação de terreno, cultivo e colheita, localizada em bairro de Dourados, aparece na versão atualizada da chamada "lista suja" do trabalho escravo, divulgada nesta sexta-feira (5) pelo Ministério do Trabalho, em um levantamento em que são denunciadas 209 empresas pela prática do crime.

De acordo com o documento, entre 2005 e este ano, 2.879 funcionários foram submetidos pelos respectivos empregadores a exercer atividades laborativas sob condições degradantes e desumanas.

O chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), Maurício Krepsky Fagundes, destaca que a lista traz 50 nomes que não figuravam no cadastro anterior, incluindo o do grupo douradense, localizado no bairro Parque das Nações I Plano. Outras três empresas do Estado, duas em Corumbá e outra localizada em Aquidaunaa, também aparecem na lista.

Ainda segundo ele, pela primeira vez na série histórica, iniciada em 2005, um empregador doméstico foi reportado como infrator. "Esse é o primeiro resgate [do tipo]. De lá pra cá, teve o caso de uma senhora submetida [a um trabalho análogo à escravidão] há mais 40 anos, no interior da Bahia e um caso em Roraima também. Esses [dois últimos] estão com processos ainda pendentes", afirmou.

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Entre as companhias flagradas pelas equipes de auditores fiscais do trabalho encontram-se a Spal Indústria Brasileira de Bebidas S.A, fabricante da Coca-Cola, e o grupo empresarial do setor têxtil Via Veneto, detentor de marcas de grife como a Brooksfield e a Harry's e que possui uma rede de lojas presente em todo o país.

Fagundes ressalta, porém, que o governo federal já identifica como características comuns às vítimas a baixa escolaridade e o fato de estarem inseridas em bolsões de pobreza. "Já é um caráter histórico", disse. A nova lista reúne processos administrativos encerrados, ou seja, quando o empregador já foi ouvido e teve direito a se defender das acusações em duas instâncias administrativas, conforme observa a reportagem da Agência Brasil de notícias.

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