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Captura do peixe dourado vai render multa de R$ 2.700 no Estado

16 janeiro 2019 - 11h56

A captura do peixe da espécie dourado (Salminus brasiliensis ou Salminus maxillosus) está proibida nos rios de Mato Grosso do Sul durante os próximos cinco anos A multa mínima para quem descumprir a lei estadual, sancionada no dia 11 de janeiro pelo governador Reinaldo Azambuja, será de mais de R$ 2.700, equivalentes a 100 Uferms (Unidade Fiscal de Referência de MS).

Hoje, o crime de pesca predatória prevê multa mínima de R$ 700 para qualquer caso irregular, conforme lei federal. No entanto, para a captura do dourado, são R$ 2 mil a mais de multa mínima. O tenente-coronel Idenílson Queiroz, da PMA (Polícia Militar Ambiental), garante que o valor não é história de pescador.

“A lei que proíbe a captura do dourado define como multa mínima o valor de cerca de R$ 2,7 mil, conforme a cotação do Uferms. Essa foi a grande diferença, já que a lei federal prevê para outros crimes de pesca uma multa mínima de R$ 700. E além da multa para quem pescar o dourado, que pode chegar a R$ 100 mil, o cidadão paga ainda R$ 20 por quilo de peixe capturado ilegalmente”, explicou o tenente-coronel. Entre as sanções, a pesca predatória também prevê de 1 a 3 anos de detenção.

Para os turistas que visitam o Estado, a dica é ficar atento às normas que regem a pesca esportiva e profissional, além dos limites máximos de estoque pesqueiro. Com o fim da Piracema, no dia 28 de fevereiro, quando termina o tempo de defeso para reprodução dos peixes, os rios estarão abertos à atividade, mas é preciso conhecer as condutas infracionais ao meio ambiente e suas respectivas sanções administrativas.

Lei

A Lei 5.321 proíbe a captura do dourado por cinco anos, embarque, transporte, comercialização, processamento e a industrialização da espécie nos rios de Mato Grosso do Sul. A lei permite apenas a pesca na modalidade pesque-solte, para consumo dos pescadores profissionais e os exemplares criados em cativeiro.

A medida já é adotada em Corumbá, um dos principais centros pesqueiros do Estado, desde 2011, atendendo a setores ambientalistas e do trade turístico, visando a preservação da espécie, considerada nobre nas bacias hidrográficas dos rios Paraná e Paraguai.

O dourado pode ser encontrado nos rios da Bacia do Prata, como o Rio Paraguai e o Paraná. Dono de escamas douradas, comportamento agressivo e carne saborosa, é o peixe mais cobiçado pelos pescadores, os quais o consideram o “Rei do Rio”.

Pesca

Atividade de considerável expressão econômica e social no Estado, a pesca é monitorada pelo Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul e por meio dele são obtidos dados sobre a pesca profissional, esportiva e comércio de pescado. A partir daí são geradas as estatísticas anuais e identificadas as principais tendências biológicas e socioeconômicas da atividade.

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Pantanal é responsável pela publicação dos dados, em parceria com a Semagro (a Secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), por meio do Imasul (o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), juntamente com o 15º Batalhão da PMA.

Conforme esse sistema de dados, em 2016 foram capturados e registrados na Bacia do Alto Paraguai 378 toneladas de peixes, sendo 191 pela pesca profissional e 187 toneladas pela pesca esportiva. No mesmo ano, mais de 6 mil quilos de dourado foram retirados dos rios, pela pesca profissional e esportiva.

De 2007 a 2016 foram capturados mais de 100 mil quilos de dourado em Mato Grosso do Sul. Nesse período de 10 anos, a quantidade anual ultrapassou os 8 mil quilos, com destaque para o ano de 2011, com 16 mil quilos de dourado, e 2010 e 2011, cada um com mais de 13 mil quilos de dourado pescado. Também em 10 anos, apenas em 2007, 2009 e 2016 foram capturados quantidades inferiores a 7 mil quilos, conforme o levantamento.

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