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Apesar de incertezas, indústria tem melhor dezembro dos últimos sete anos

05 fevereiro 2019 - 12h28

A produção industrial sul-mato-grossense alcançou em dezembro de 2018 o melhor resultado para o mês desde 2011, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 65 empresas no período de 7 a 17 de janeiro de 2019. Pelo levantamento, em dezembro, 62,5% das empresas industriais de Mato Grosso do Sul tiveram estabilidade ou crescimento da produção.

“O mês de dezembro é tradicionalmente marcado por uma redução no ritmo de atividade, ocasionada pelo fim das encomendas para o período de fim de ano. Contudo, essa desaceleração foi muito menor em 2018 com o índice de evolução da produção alcançando 47 pontos, resultado 6,9 pontos superior à média histórica para o mês de dezembro”, comentou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

Ainda de acordo com ele, em dezembro, a ociosidade média na indústria sul-mato-grossense foi de 33%. “Somado a isso, o índice de utilização fechou o mês em 44,7 pontos. Resultados abaixo dos 50 pontos sinalizam que a utilização da capacidade instalada foi inferior ao que era esperado para o período. Por fim, a sondagem mostrou que, em dezembro, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 35,3% dos respondentes, igual ao usual para 47,7% e acima para 7,7%”, relatou.

Margem de lucro

As condições financeiras apresentaram pequena melhora, mas ainda seguem longe do ideal, já que, de um modo geral, os empresários industriais de Mato Grosso do Sul se mostraram insatisfeitos com a margem de lucro operacional de suas empresas no quarto trimestre de 2018, com o indicador alcançando 41,9 pontos. Comportamento semelhante foi verificado em relação às condições de acesso ao crédito e situação financeira geral da empresa, com os indicadores alcançando 39,8 e 45,6 pontos, respectivamente.

Em Mato Grosso do Sul, no quarto trimestre de 2018, 35,4% dos empresários industriais consideraram ruim a margem de lucro operacional obtida no período. Na mesma comparação, o acesso ao crédito foi considerado difícil por 26,1% dos empresários, enquanto 23,1% responderam não ter buscado crédito no trimestre, enquanto a situação financeira geral da empresa foi avaliada como ruim por 27,7% dos participantes, sendo que 41,6% responderam que teve aumento dos preços das matérias-primas utilizadas.

Além disso, conforme Ezequiel Resende, os empresários apontaram como as principais dificuldades enfrentadas no 4º trimestre de 2018 a elevada carga tributária, a falta ou alto custo da matéria prima, a falta ou alto custo de energia, a taxa de juros elevada e a demanda interna insuficiente e competição desleal (informalidade, contrabando e outros).

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