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Economia

Ishy organiza audiência pública sobre Reforma da Previdência em Dourados

17 junho 2019 - 15h14

A Câmara de Dourados vai realizar, dia 25 às 18h30, uma Audiência Pública que tem como tema a Reforma da Previdência. O propositor do evento, vereador Elias Ishy (PT), explica que o debate será sobre as reais mudanças na vida das famílias e os impactos no Município. Ele lembra que o direito de se aposentar foi garantido pela Constituição de 1988. “Quando uma pessoa perde a capacidade de trabalhar, ela receberá recursos necessários para uma vida digna”, afirma.

Conforme repercussão nacional, a proposta de reforma apresentada pelo atual Governo vem recebendo mudanças a todo momento, o que, às vezes, pode servir para confundir o brasileiro, divulga a assessoria do vereador. “Por isso a importância das mobilizações sociais e os debates, que forçaram a Comissão Especial da Câmara dos Deputados a fazer alterações no texto original”, diz Ishy.

Na Previdência atual contribuem trabalhadores, empregadores e governo. No sistema anterior proposto na Reforma seria apenas o trabalhador, que ainda pagaria taxas para administrar o que seria uma “poupança”. Com isso, poderia receber nada ou menos que um salário mínimo de aposentadoria. O relato do deputado Samuel Moreira, no entanto, tirou a capitalização e alterou outros pontos, como a idade mínima, mas ainda pode sofrer alterações no parecer, pois o Governo enxerga uma brecha para que o sistema volte ao texto e o relator disse estar “aberto ao diálogo”.

Segundo a Unafisco (a Associação Nacional dos Fiscais da Receita Federal) o lucro dos bancos neste caso chegaria a R$ 388 bilhões por ano. Além disso, o Governo quer perdoar as dívidas previdenciárias das empresas do Agronegócio com o Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural). O valor estimado em sonegação desse imposto pode chegar a R$ 17 bilhões.

É importante lembrar, de acordo com Ishy, que mais de 3,8 mil municípios brasileiros dependem dos valores recebidos por aposentados e pensionistas para movimentar a economia local e o país tem atualmente 13,4 milhões de desempregados, segundo o IBGE. “Com a economia em baixa, o desemprego aumentando e crescendo a informalidade, essas pessoas conseguiriam poupar? Como ficaria a vida das famílias? E a economia dos municípios?”, questiona.

Como palestrantes, a Câmara recebe a economista do Dieese/MS (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos de MS), Andreia Ferreira, e a advogada previdenciária, coordenadora adjunta do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), Priscila Arraes Reino. (Com assessoria)

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