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Agronegócio

Estado define estratégias para erradicar a aftosa sem vacinação

01 agosto 2019 - 20h05

O secretário estadual de Agricultura Familiar, Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Jaime Verruck, confirmou, durante o 2º Fórum Estadual do Plano Estratégico do PNEFA (Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa), realizado nesta quarta-feira (31), na sede da Casa Rural, em Campo Grande, o remanejamento de Mato Grosso do Sul, no grupo de Estados, deixando o bloco V, para fazer parte do bloco IV, nos esforços de combate à aftosa.

Para Jaime, a mudança é positiva já que agora o Estado faz parte de um bloco mais homogêneo, onde se consegue trabalhar as ações dentro do cronograma, fazendo referência ao bloco que compunha antes, onde Santa Catarina já não vacina e o Paraná também trabalha para antecipar a retirada da vacinação.

Ao recordar as discussões em torno de um acordo de sanidade animal e vegetal com o Paraguai realizado recentemente em encontro que participou junto com a ministra Tereza Cristina e o coordenador da SFA (Superintendência Federal de Agricultura) no Estado, Celso Martins, o secretario Jaime Verruck, que comanda a pasta da produção em Mato Grosso do Sul, destacou os avanços, reafirmou o cronograma e as ações em andamento e citou a criação do fundo de reserva, e a captação de recursos para a realização do programa de regularização que possibilita saber exatamente o tamanho do rebanho que o estado tem para controlar. “Sem dúvida alguma, qualquer dessas ações realizadas pelo Governo do Estado, parceiros do setor, não terão êxito, sem a participação dos produtores”, disse.

Jaime Verruck comentou ainda que iniciou conversações sobre o fundo privado, há uma semana, com representantes de alguns dos maiores frigoríficos do Estado, começando com o maior deles, do Grupo JBS. “O Mapa [Ministério da Agricultura e Pecuária] acabou de contratar uma auditoria para verificar todos os fundos públicos e privados no Brasil e isso nos ajudará a escolher a modelagem mais adequada”, completou.

Sobre o programa, Jaime afirmou que o Estado avança bem, lembrou que os desafios são enormes mas enfatizou que o pior cenário é ‘ficar para trás’, fazendo alusão a ideia de não participar das ações. “O empenho todo é para que não tenhamos nenhum problema de aftosa, mas se tivermos que sejamos tão ou mais eficientes do que o Estado vizinho, Paraná, onde o Daniel Ingold (diretor presidente da Iagro) realiza em poucas horas a constatação de uma doença e a aplicação das ações de contenção e ressarcimento do produtor. Para isso estamos trabalhando com acordos internacionais, parcerias com o Ministério [da Agricultura] encaminhamentos, reestruturações e programas, para passar com sucesso por essa fase e em 2021 parar de vacinar nosso rebanho, com tranquilidade”.

“Quando nos falamos em cadeia produtiva, não tratamos do benefício somente para o produtor, tratamos de toda economia, do mercado, dos frigoríficos e toda estrutura que envolve essa cadeia”, disse o secretário, lembrando que o grande desafio vem na etapa em que o Estado ficará 2 anos sem vacinar, para só então receber da OIE a confirmação da mudança de status para ‘livre de febre aftosa sem vacinação’. “Todas as ações que de alguma forma influenciavam no desenvolvimento das atividades para retirada da vacinação foram priorizadas pelo governador Reinaldo. Atualmente estamos focados na reformulação das ações da fronteira, redistribuição dos postos, e no estudo de novos sistemas de rastreabilidade”, informou.

“O país tomou uma decisão estratégica de erradicar a aftosa sem vacinação, visando novos mercados. Não temos opção de não participar, se queremos crescer e não perder espaço. E é nesse sentido que o Governo do Mato Grosso do Sul reafirma seu compromisso com essa tão importante conquista para toda nossa economia”, finalizou Verruck.