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MS tem crescimento de economia asiática em dez anos

12 outubro 2019 - 13h15

Mato Grosso do Sul completou, nesta sexta-feira (11), 42 anos de criação e, nessas pouco mais de quatro décadas, o setor industrial acompanhou a pujança do Estado e apresentou um crescimento vertiginoso, sobressaindo onde antes quem se destacava como principal matriz econômica estadual era o setor agropecuário. De acordo com levantamento do Radar Industrial de Fiems, na última década, o PIB Industrial (Produto Interno Bruto da Indústria) de Mato Grosso do Sul apresentou aumento de 254,3%, saltando de R$ 6,21 bilhões em 2009 para R$ 22 bilhões em 2019.

Na prática, a considerável alta pode ser creditada, em parte, à política de incentivos fiscais adotada pelo Governo do Estado, que acabou por motivar uma explosão de investimentos por empresas do setor industrial. Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, os dados só demonstram que Mato Grosso do Sul vem se destacando na consolidação da indústria. “A industrialização do Estado está sendo muito bem construída, a diversidade da matriz industrial está muito bem distribuída nos municípios e, dessa forma, passamos do tempo do desenvolvimento da indústria sucroenergética, inclusive na evolução desse segmento, na contratação, na produção e até mesmo no número de empresas na exportação, e fomos para o segmento da indústria frigorífica, tanto de bovinos e suínos, quanto de frangos e peixes, como a tilápia”, exemplificou.

Para o empresário, os 10 anos foram muito importantes para a consolidação da atividade industrial. “Entendo que os números estão aí e, na comemoração dos 42 anos de Mato Grosso do Sul, é importante destacar o trabalho do Sistema Fiems para um setor de extrema importância para o desenvolvimento do Estado. Quando se fala em mudança na geração de empregos e mudança na geração da base da economia, a indústria veio para ficar e ela está se consolidando ano a ano, quer na geração de empregos, quer no aumento de empresas, quer no PIB, porque 254% em 10 anos é um número muito significativo, praticamente um índice de crescimento de países asiáticos. Mato Grosso do Sul é isso e é nessa linha o nosso trabalho”, afirmou.

Sérgio Longen entende que, desde o momento em que chega a Mato Grosso do Sul, a indústria busca informação de oportunidades, de que forma é possível exportar e para onde vender seu produto. “Normalmente, trabalhamos com o Governo do Estado, quanto a incentivos fiscais, com o Banco do Brasil, com o FCO que é uma grande ferramenta que temos e que tem nos ajudado muito na captação de empresas para investimentos em Mato Grosso do Sul, e também nas prefeituras, com incentivos regionais, muitas vezes com imóveis, aterros, ISS da obra. Isso tem feito a diferença em Mato Grosso do Sul, então a Fiems fez sua parte, além da qualificação profissional para todos os segmentos. Quando você puxa os dados dos trabalhadores da indústria aqui do Estado, é muito difícil não ver a maioria deles com qualificação do Sesi ou do Senai”, pontuou.

Os números

O economista Ezequiel Resende, que é o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, explica que a política de incentivos fiscais provocou um forte ciclo de investimentos em Mato Grosso do Sul, principalmente, de 2007 a 2014. “Nesse período, foram investidos mais de R$ 40 bilhões na instalação e ampliação de fábricas de celulose e papel, indústrias sucroenergéticas, frigoríficos, pequenas centrais hidrelétricas, além da execução de obras pavimentação e habitação”, enumerou.

Ele reforça que também foi fundamental a atuação do Sistema Fiems na formação e capacitação profissional para atender a demanda por trabalhadores surgida com esses principais investimentos estruturantes. “As novas plantas de celulose, de processamento de grãos e oleaginosas e frigoríficas, bem como a retomada da construção civil, resultaram em um aumento de 45% no número de estabelecimentos industriais na última década, saindo de 4.226 em 2009 para 6.110 neste ano”, informou.

Ezequiel Resende informa ainda que o crescimento do PIB Industrial refletiu também no aumento da geração de empregos formais diretos pelo setor em Mato Grosso do Sul no período de 2009 a 2019. “[No período] foram criados quase 20 mil novos empregos, pois, saímos de 103.302 trabalhadores com carteira assinada para 122.200 em 10 anos, representando um salto de 18%”, pontuou.

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