Menu
Buscarquinta, 18 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
13°C
Finanças Pessoais

Pesquisa acadêmica mostra cesta básica de alimentos 1,28% mais cara em Dourados

10 março 2020 - 22h16

O valor da cesta básica do mês de fevereiro, comparado com janeiro, apresentou um aumento de 1,28%. É o que mostra a pesquisa realizada pelo projeto de extensão Índice da Cesta Básica do Município de Dourados, do curso de Ciências Econômicas da Face (Faculdade de Administração, Ciências Contábeis) da UFGD.

Os produtos que compõem a cesta básica, conforme o Dieese (o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), e de acordo com a Lei 399 que instituiu o salário mínimo, são: açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão francês e tomate.

Os preços com estes produtos ficaram em R$ 408,67 o que significa 39,33% do salário mínimo, de R$ 1.039 a partir de janeiro deste ano. E, no mês de fevereiro de 2020, o trabalhador douradense teve que destinar uma quantia um pouco maior para a compra dos produtos componentes da cesta básica: R$ 413,89, o que equivale a 39,61% do salário mínimo, mesmo com leve reajuste que levou o mínio nacional a R$ 1.045.

Com este aumento do salário, o trabalhador brasileiro teve uma perda devido a que o aumento concedido não chegou a cobrir os índices da inflação que, no acumulado do ano de 2019, atingiu 4,31% de aumento.

Comparado com Campo Grande, onde o preço da cesta foi de R$ 445,40, a média douradense é menor do que na Capital, apesar de ter superado os preços praticados em, pelo menos, quatro capitais brasileiras: Natal, João Pessoa, Salvador e Aracaju, conforme o Dieese.

Dos 13 produtos que compõem a Cesta Básica, sete apresentaram aumento de preços no mês de fevereiro em Dourados: a banana, com o maior aumento, chegando a 14,48%; o tomate com 9,25% e a batata com 5,68%. Outros produtos que também aumentaram de preços foram o açúcar, com 4,78%; o leite com 4,16%; arroz com 2,45% e o óleo de soja com 0,81%. Estes produtos também apesentaram elevação de preços por dois meses consecutivos. Seis produtos registraram queda de preços no mês de fevereiro se comparado com janeiro: a manteiga, com uma queda de 7,14%; o café com 5,20%; o feijão com 3,01%; a farinha de trigo com uma queda de 2,79%; pão-francês 1,34% e com uma pequena queda a carne fechou 0,68% a menos. A queda consecutiva da carne pelo segundo mês explica-se em parte pela instabilidade momentânea provocada pela diminuição da demanda chinesa, mesmo com a conquista novamente do mercado americano, o que poderá produzir reflexos futuros.

O mínimo e total trabalhado

Conforme o Dieese, em janeiro, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.347,61, isso significa 4,18 vezes mais do que o mínimo vigente à época, de R$ 1.039. No mês de fevereiro, o salário mínimo necessário era de 4.366,51 que representa 4,18 vezes do salário reajustado para 1.045.

A partir da Constituição Federal de 1988, o trabalhador brasileiro deve trabalhar 220 horas mensais, com isso, no mês de janeiro, um trabalhador douradense para pagar a cesta básica teve de trabalhar 86 horas e 32 minutos. E no mês seguinte, este mesmo trabalhador precisou de um tempo maior para comprar alimentos: 87 horas e 8 minutos, caracterizando a perda do poder de compra do salário.

Mais informações do projeto de extensão realizado pelo curso de Ciências Econômicas podem ser obtidas com o professor Enrique Duarte Romero, pelo telefone 99995-7342.

Deixe seu Comentário

Leia Também