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Economia

Dourados deve se preparar para contabilizar perdas de quase R$ 1 bi no pós-pandemia

07 julho 2020 - 13h37

“A nossa situação na pandemia é muito preocupante, considerando que até a semana passada [e ainda permanece] éramos o epicentro da doença no Estado pelo segundo mês seguido quanto ao número de pessoas infetadas pelo Covid-19, e os números de infetados continuam em aumento. Por isso, a retomada da atividade econômica deverá ser realizada com um planejamento bem elaborado”.

Essa é uma das conclusões do estudo sócio-econômico realizado pelo curso de Ciências Econômicas da Face (Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia) da Universidade Federal da Grande Dourados, a partir dos levantamentos realizados na última semana do mês de junho e na primeira deste mês, com levantamento de preços dos produtos básicos à composição da cesta de alimentos do douradense.

“Devido ao aumento do número de casos, houve um recuo dessa retomada com a abertura dos estabelecimentos comerciais somente a partir do meio dia. As sociedades que levaram adiante o controle do fluxo de pessoas ou controlaram a disseminação da doença ou diminuíram o número de afetados pelo vírus, foram as primeiras a reagir”, avalia o professor Enrique Duarte Romero, coordenador do curso na UFGD.

De acordo com as projeções do Banco Mundial, a expectativa de queda da economia brasileira para este ano é de 8% enquanto a OCDE (Organização de países para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) projeta uma queda entre 7,3 a 9,1% do PIB (Produto Interno Bruto), que representa a soma dos preços praticados na produção final. O Governo brasileiro estima queda do PIB em 6,5%.

“Todas essas previsões foram lançadas na semana passada, e transformadas para o cenário douradense teremos então uma perda que oscila, no melhor cenário, de 655 milhões de reais e, no pior, uma perda de 917 milhões de reais, este ano”. O Orçamento anual do Município para 2020 foi estimado em R$ 1,1 bilhão, o que significa que o somatório das perdas econômicas deverá traduzir-se em um ano praticamente zerado para Dourados.

“O nosso diferencial estará na capacidade de nos adaptarmos o mais rápido possível quando esta pandemia passar. Estas mesmas instituições demonstraram um pessimismo quanto a essa capacidade, mas como a economia douradense estava em pleno crescimento quando a economia nacional estava patinando, acreditamos novamente nesta capacidade”, aposta o professor Romero.