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A Mosca Azul e a Febre Amarela

09 março 2018 - 21h41

Febre amarela – doença infecciosa transmitida ao homem por mosquitos, que ocorre em regiões tropicais e subtropicais da África e da América. É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovirus (vírus transmitido por atropodes) que pode levar a morte em cerca de uma semana, se não tratada rapidamente.

Os casos de FEBRE AMARELA no Brasil são classificados como FEBRE AMARELA SILVESTRE ou FEBRE AMARELA URBANA, sendo que o vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença que se manifesta nos dois casos. A diferença entre elas é o mosquito vetor envolvido na transmissão. Na SILVESTRE, os mosquitos são do gênero “Haemagogus e Sabethes”; na URBANA, o vírus é transmitido pelos mosquitos “Aedes aegypti”. (Google, Portal do Governo).

Recentemente, surgiu, na zona urbana, uma terceira cepa da FEBRE AMARELA, esta transmitida pela MOSCA AZUL. Não é infecciosa e tampouco febril, provoca, não obstante, males piores porque envolve a sobrevivência de muitas pessoas. Essa “febre” vem personalizada com euforia na ganância, mandando às favas todas as convenções sociais que regem a moral entre pessoas civilizadas. Essa “febre” também é conhecida por CARTEL, atividade escusa que se movimenta como serpente, sorrateira, empenhada em eliminar a concorrência, mostrar os dentes e estabelecer seus preços.

Para essa “febre” provocada pela MOSCA AZUL não há vacina, a cura é feita com a segregação do paciente numa jaula. Esclarece o Google à pergunta: “Qual a lei que define o Cartel como crime econômico?” A resposta: “Cartel – TJDFT - Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – 27 de nov., 2015 - Além de crime o cartel também possui proibição administrativa, a lei nº 12.529/11, que trata da estrutura do Sistema Brasileiro da Concorrência e dispõe sobre a prevenção, repressão às infrações contra a ordem econômica e descreve em seu texto todos os atos que implicam na formação de...”

A picada da MOSCA AZUL provoca no “paciente” pouco conhecido no local onde atua: cegueira e surdez, dirimentes utilizados pela mente doentia, para encobrir o remorso pelos estragos que causa. Evita que “o coisa” ouça os lamentos daqueles que ficaram sem o pão que ele, por puro egoísmo, arrebatou-lhes.

A Febre Amarela resultante da picada da MOSCA AZUL, que modifica o caráter do sujeito, não é tida como infecciosa febril aguda, para ela não há vacina. O remédio recomendado para a cura do “paciente” é o cárcere, com o reforço das multas, para que tenha repouso mental, ou morra pela frustação. Essa febre que a mosca provoca, transforma uma pessoa normal numa “coisa” soberba, insaciável, egoísta e agressiva; inteiramente alterada com seu procedimento esdrúxulo. Apenas a jaula cura os sintomas da Febre Amarela, resultante da picada da mosca, a MOSCA AZUL! É o que atesta a benzedeira, dona Maroca, que também atende por dona Preta.

O AMARELO (a cor) irradia-se e propaga-se em cada esquina, em cada rua, ofuscante e onipresente. Em qualquer direção, o olhar defronta-se com o amarelo! O amarelo agressivo, incontrolado e faminto, que vem devorando a concorrência modesta, frágil, inibida e desarmada, que oprimida, debanda silenciosa. Órfã dos direitos que, tempestivamente, não invocou em sua defesa e tampouco foi socorrida “sponte sua” por aqueles que, por dever de ofício, são obrigados a combater os ânimos da ilegalidade, sofre as conseqüências funestas da sua imobilidade.

Em nome da sofrida e gloriosa história da nossa gente douradense, não se pode perder aqui a oportunidade de mandar um saudoso e reconhecido abraço, para os pioneiros que se levantavam nas madrugadas com uma lamparina, para atender algum cavaleiro desesperado, que precisava de ajuda para sua esposa, parturiente, que o esperava em casa, lá longe, no meio do nada, sob as estrelas do céu!

Para esses homens que ajudaram a construir nossa cidade, num tempo em que a solidariedade falava mais alto que o dinheiro, vai o nosso saudoso e fraternal abraço, com muito carinho, para os inesquecíveis cidadãos Arnulpho Fioravanti, Caramuru de Souza Mota, Milton Rocha, Dr. Wolfgang Herzog e o “seo” Nhonhô Rocha, aquele da Popular, inaugurada há quase 70 anos. Certamente há alguns outros aqui não lembrados: para esses, ainda temos muitos abraços e congratulações em estoque.

Lembremos do que o presidente Abrahan Lincoln (1809-1865), disse: “Você não pode enganar todas as pessoas todo o tempo”.

* O autor é membro da Academia Douradense de Letras ([email protected])

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