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A idade do homem: O amadurecimento, o desempenho e o epílogo

12 setembro 2018 - 21h22

O homem nasce e torna-se adulto. Como adulto, primeiramente, é classificado como JOVEM, que é o período da idade quando desfruta dos folguedos da juventude, despreocupado, sem nenhum compromisso, vivendo às custas do pais.

Mas, como não há bem que sempre dure e tampouco mal que não se acabe, a idade avança, o jovem amadurece e a vida cobra-lhe algumas decisões que precisa implementar, porque o tempo dita o ritmo natural de como a vida deve fluir, com todas implicações que regem a existência do ser humano, no seio de uma sociedade civilizada, que cobra o desempenho de cada um, conforme os costumes.

Essa imposição natural que cobra a moral e o desempenho de cada um, como criatura civilizada, é a argamassa que agrega a sociedade, mantém a solidariedade, favorece a manutenção dos bons costumes e protege a família, como célula social.

Consolidada uma profissão, decorrente dos estudos que realizou, no período da formação educacional, usando o que aprendeu, busca realizar-se com o casamento! Constituída a família, nascem os filhos. Os filhos crescem e a idade daquele que um dia foi jovem, avoluma-se!

Casado, com filhos crescidos, o homem entra na categoria de COROA, aí pelos trinta anos de idade e como tal caminha pela vida até os sessenta, quando é classificado como IDOSO, critério social que o leva até os oitenta anos, quando recebe nova classificação: a de ANTIGO.

Em cada uma das suas faixas etárias vividas, o homem revela manias, costumes, modos variados de reação diante dos eventos que a vida apresenta-lhe, assim como trata seu compromisso com o casamento de forma variada, cumprindo ou deixando de cumprir seu juramento religioso.

Todavia, de uma maneira geral, cada faixa etária revela uma personalidade do homem. Adulto, tem sorte quando encontra um trabalho que combina com sua capacidade profissional e, por conseqüência, evolui materialmente ganhando o suficiente para sustentar a família e amealhar bens, que vão formar seu patrimônio, consolidar sua situação no seio social e garantir-lhe futuro tranqüilo.

Analisadas as etapas da vida do JOVEM, do ADULTO e do COROA, vamos adiante, para analisar aqueles que já emplacaram uma considerável etapa na fluência do tempo, neste caso os IDOSOS e os ANTIGOS. Estas duas últimas classificações existem pelas bênçãos de Deus, preservados que foram, enquanto muitos outros mais jovens tombaram antes de atingir a plenitude da idade, prevista para o homem.

A partir dos sessenta anos, tem-se o IDOSO como criatura protegida por lei, tal e qual a capivara e o jacaré. Infringir um direito conquistado pelo IDOSO é desafiar a lei que o protege e prescreve, ao infrator, pesadas penas (!!!)

A princípio distingue-se o IDOSO do ANTIGO, observando-se de que maneira contam a mesma estória. Um IDOSO quando a conta, diz: “— Cachorro picado por cobra, tem medo de lingüiça!” Já um ANTIGO, contará a mesma estória de maneira diferente: “— No meu tempo, sempre amarrei cachorro com lingüiça!”. A lingüiça entra nas duas estórias mas registra épocas diferentes bem delineadas pelo procedimento em relação ao cachorro, o melhor amigo do homem em todos os tempos.

Outra forma de reconhecê-los será observar, como cada um deles, ao contar uma estória, como iniciam o relato: o IDOSO: “— No meu tempo...!”; e o ANTIGO: “— Naquele tempo!...”

Registra-se, também, que tanto o IDOSO quanto o ANTIGO têm sido presas fáceis de estelionatários etiquetados como evangélicos, que lhes arrebatam, como pagamento de uma irrealizável indulgência, a pensão que recebem para manterem-se, prometendo uma garantida vaga no céu. Esses estelionatários têm a pachorra de se intitularem bispos, profetas e até apóstolos. Já chegaram a vender terrenos no céu! E o pior: encontraram compradores !!!

Hipocritamente, os estelionatários da fé praticam a heresia de tirar proveito dos crédulos e simplórios, já no epílogo da existência, usando o nome de Deus em vão. Sustentam a safadeza com uma Bíblia na mão, atentos ao que podem tirar daqueles cristãos, que já no fim da vida procuram acercar-se de Deus. Não se preocupam, os escroques, de como os despojados — inclusive da miserável pensão que recebem — poderão viver.

Multiplicam-se as seitas atrás do dízimo e de todas outras vantagens, com nomes exóticos garimpados na Bíblia. O único objetivo: explorar a ignorância dos crédulos e deles tirar todas as vantagens possíveis.
Até falsos “milagres” são encenados! Aleluiah! Aleluiah! Aleluiah!

* O autor é membro da Academia Douradense de Letras
([email protected])

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