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Associação Comercial, onde estás que nada enxergas ?

02 maio 2019 - 16h02Por José Alberto Vasconcellos

A mobilidade urbana em Dourados, com o uso de veículo, é realmente um problema, que desgasta o cidadão. Faltam engenheiros com capacidade profissional em trânsito, para disciplinar a tal mobilidade, que a cada dia torna-se mais complicada, com o aumento assustador de veículos. É preciso que os vereadores, que representam a parte interessada, abram os olhos!

Comecemos pela pavimentação toda corroída por buracos e crateras, muitas delas cheias de água de chuva, ou porque o cidadão que mora nas proximidades larga, todos os dias, sua água servida na via publica, promovendo a corrosão da pavimentação, sem ser incomodado pela fiscalização, que não se movimenta porque ignora o conteúdo das leis que orientam seu trabalho. Resumindo: a pavimentação urbana, na sua totalidade, excetuando a parte reformada pelo Estado, está totalmente danificada e pela omissão da Secretaria de Obras, vai continuar assim...

As placas que orientam o trânsito — muitas delas — estão escondidas pela folhagem das árvores, caídas ou desaparecidas. Esse desleixo confunde o motorista local e desorienta, quem chega de fora para fazer suas compras em nosso comércio.

Junte-se à falta de sinalização, também a falta de nominação nas ruas. É certo que estão colocando placas em algumas ruas, mas o tamanho da placa está abaixo da crítica, no que tange à sua dimensão. A placa é tão pequena que torna impossível ser lida por alguém de dentro de um veículo.

Quando se transita pelo centro da cidade, utilizando as ruas principais, em cada quadra encontra um semáforo. Esses semáforos instalados por leigos, todos sem nenhum princípio de seguimento (onda verde). Esses engenhos luminosos, ao invés de ajudarem complicam sobremaneira, quando um não permite conversão para a ESQUERDA e o seguinte também NÃO. Para os pedestres não há semáforos nos cruzamentos, cabendo a cada um decidir se avança ou não!

É um contra-senso não permitir que o motorista que transita do leste para o oeste não possa converter para a esquerda, na rua Hayel Bon Faker (antiga Bahia), rua coletora e de saída para quem se dirige às rodovias BR 163/463, que dão acesso aos Estados do Sul do País e outras paragens também de grande importância, principalmente ao Paraguai.

Quanto ao tempo de abertura e fechamento dos semáforos, há variação: alguns demoram demais e outros de menos. Nos de tempo menor, quando o trânsito está mais intenso, tem-se que esperar duas e até três aberturas para poder atravessar, com perda de tempo, às vezes, precioso.

Ainda sobre os semáforos, vai longe o tempo em que alguns indicavam o tempo desde a abertura para o fechamento, orientando o trânsito. Esses indicadores de tempo estragaram, sumiram, e a Agetran nunca mais preocupou-se com eles. Resta-nos apenas a lembrança, que nos impõe avaliar a qualidade do serviço do órgão do trânsito, que tem piorado! Só piorado!

Registre-se que o COMÉRCIO DE DOURADOS, que tem alto interesse nos clientes dos municípios vizinhos, que aqui vêm para suas compras, deveria promover, através da classe, uma ação reivindicatória através da ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E EMPRESARIAL DE DOURADOS, para melhoria das condições da mobilidade urbana, considerado o fato de que o município arrecada considerável parcela dos impostos com o comércio. Cobrar da PREFEITURA, melhoria na pavimentação e no emplacamento das ruas, com o fim de orientar os visitantes, que ficam perdidos em meio ao trânsito intenso, que abarrota os estacionamentos. Por que não ampliar os estacionamentos, utilizando-se os canteiros centrais? O que impede essa expansão?

Os vereadores precisam sair dos seus gabinetes, e nas ruas, ver como a cidade está um caos, com seu trânsito de automóveis intercalado com o tráfego de caminhões, orientado por semáforos desregulados; vias públicas tomadas por buracos; desprovidas de placas que orientem, com segurança, o fluxo do trânsito.

É dever inarredável dos vereadores, que por decisão própria candidataram-se à função e foram eleitos com os votos que pediram aos seus eleitores, adoçados com promessas. Resta agora, tão só atendê-los no que reivindicam e, também, saber por que o SISTEMA TELEFÔNICO DOS CELUARES NÃO FUNCIONA COM REGULARIDADE, tudo para minorar o desconforto em que vive o douradense. Afinal, senhores vereadores, vocês são remunerados para esse trabalho!

* O autor é membro da Academia Douradense de Letras
([email protected])

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