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A 'volta por cima' de Paolo Guerrero, no Maracanã, decide Copa América

07 julho 2019 - 12h51Por Globoesporte

"Acabou o caô, o Guerrero chegou". O funk que ecoava na arquibancada do Maracanã quando Paolo Guerrero entrava em campo pelo Flamengo ganhou um novo significado para o atacante peruano. Gíria carioca de origem indefinível, que remete a problemas e confusão, o maior caô vivido pelo ex-jogador rubro-negro e agora atacante do Internacional foi definitivamente a suspensão por doping que o tirou dos campos por mais de um ano. Mas acabou, e neste domingo (7) Guerrero chega ao Maracanã em busca da maior conquista profissional, liderando a seleção do Peru na decisão da Copa América contra o Brasil.

Em novembro de 2017, Guerrero havia acabado de ajudar o Peru a terminar em quinto lugar nas eliminatórias sul-americanas, e se preparava para buscar a vaga na Copa da Rússia na repescagem contra a Austrália quando foi pego no doping. O exame feito após o jogo contra a Argentina, pela penúltima rodada, apontou a presença de benzoilecgonina, metabólito da cocaína e da folha de coca. Suspenso, viu seus companheiros alcançarem a classificação nos playoffs. Depois, alegando adulteração no conteúdo de um chá bebido antes do jogo, Guerrero conseguiu disputar a Copa, seu maior sonho. Mas sem ritmo pelos meses de inatividade, fez apenas um gol e não evitou a eliminação do Peru na primeira fase.​

“Se a Argentina um dia teve Diego Maradona, podemos dizer que o Peru tem Paolo Guerrero. Sem comparar os jogadores, mas pela liderança que exerceram nas suas seleções. Para muitos jogadores, a camisa da seleção é um peso, para ele não. Guerrero é a principal referência do futebol peruano desde Teófilo Cubillas”, compara o jornalista perua no Percy Cardenas.

Cubillas foi o grande ídolo da era de ouro do futebol peruano na década de 70. Levou a seleção à Copa do México-70, ao título da Copa América de 1975 e disputou também os Mundiais da Argentina-78 e Espanha-82. Durante décadas, Cubillas foi o maior nome e também o máximo artilheiro da seleção peruana, com 26 gols. Posto que hoje é de Guerrero, com 39 gols em 99 jogos (a Fifa não reconhece uma partida contra o Senegal em 2001, por isso Guerrero, autor do gol da vitória por 1 a 0, tem um jogo e um gol a menos pelo Peru nas contas oficiais).​

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