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Opinião

O vírus da Covid é psicológico ?

14 julho 2020 - 18h30Por CLÓVIS DE OLIVEIRA

Olá, tudo bem?

Começo este artigo tentando dar, efetivamente, nome aos bois. Nesse caso, a vaca. Primeiramente, até para falar mal, ou repudiá-la, é preciso saber com quem estamos tratando. No caso do vírus inconveniente que toma conta do mundo, é bom esclarecer que ela [a doença] é menininha, viu?

De acordo com a Fiocruz, o instituto Oswaldo Cruz, do Brasil, o nome que ficou famoso internacionalmente é uma sigla para a expressão em inglês COronaVIrus Disease (doença do coronavírus) e o número 19 indica o ano em que a moléstia foi identificada pela primeira vez, na cidade chinesa de Wuhan. Assim nasceu, portanto, a Covid-19. Agora ficou claro.

Feito esse esclarecimento, é bom que fique bem claro, também, que, apesar de ser um inimigo poderoso [aqui falando do vírus, que é menininho, tá?], o invisível coronavirus, para alguns apenas corona, ou o abrasileirado coronga, vem causando outro mal muito mais sério que o simples – avassalador, aliás – transtorno de nos fazer rever hábitos e costumes.

Chego a pensar que os efeitos psicológicos são ainda mais avassaladores. Você liga a TV, acessa a internet, sintoniza uma emissora de rádio, entra nas redes sociais... e lá está ele, ou, eles, os números das últimas 24 horas, as estatísticas e mapas das vítimas, a falta de espaços para tantos doentes e mortos.

E ainda chamam esse tal de coronga de inimigo invisível?

Aí, assombrados diante de um espirro ou uma tosse mais forte de alguém por perto, a gente já se afasta, começa a coçar olhos e nariz, já sente a garganta arranhando, começa a acusar dores no corpo e a puxar o ar de uma forma tal como se este já começasse a faltar também. Tudo junto, sintomaticamente!
Não falta alguém pra nos aconselhar: “Melhor procurar a UPA, heim”, ou, “Acho que você devia agendar um teste rápido”. E, na sequência, o consolo: “Com fé em Deus, isso não há de ser nada”.

E a fé, o que é?

Quando o livro bíblico de Hebreus foi escrito, era comum usar o termo grego traduzido fé por “expectativa certa”. Ele transmitia a ideia de uma garantia de posse futura de algo. O versículo 1 do capítulo 11 do livro define a fé como ‘a firme confiança de que virá o que se espera, a demonstração clara de realidades não vistas’. Portanto, invisível...

Então, se a Bíblia diz que “Deus é Espírito”, uma forma de vida invisível aos olhos humanos e a fé a “expectativa certa” em algo que virá, antes de tornar psicossomáticos os efeitos de qualquer desse sintomas que dominam o ‘novo normal’ do nosso cotidiano, o melhor é não esquecer das doses certas até aqui recomendadas para a cura da Covid-19: isolamento e distanciamento social.

#fiqueemcasa