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Educação

Uniderp/Anhanguera acumula queixas no Procon estadual por lesar estudantes

22 setembro 2017 - 18h04

A Uniderp e a Anhanguera, que constituíram um novo grupo empresarial, ligado ao poderoso complexo privado de ensino do grupo Kroton, acumula queixas no Procon (a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) estadual, segundo publica o jornal Midiamax da Capital. A principal reclamação é referente à cobrança abusiva e indevida dos alunos por parte da instituição. Entre os casos registrados, se encontram queixas sobre os problemas com o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) do Ministério da Educação.

Segundo Renata Patrícia Andrade Raiano, de 42 anos, estudante de Direito da unidade Anhanguera/Uniderp da Avenida Ceará, em Campo Grande, ela está passando por uma situação de divergência com a universidade. “Foi aditado o Fies no ano passado. Fiz o primeiro semestre tranquilamente e agora eles me informaram que o meu não foi aditado”, explicou a estudante.

Ela ainda ressaltou que todo o processo foi realizado pelo setor responsável por fazer o trâmite e que, se não tivesse sido aditado, ela não estaria fazendo o curso. “Sem o Fies em 2016, como que eu consegui fazer o primeiro semestre de 2017?”, indaga, de acordo com o jornal.

Renata disse que esse é um erro da universidade, mas que mesmo apresentando a documentação necessária, não foi resolvida a situação. “Eu chego na sala de aula e não tem nem meu nome na lista de chamada”, contou. A estudante diz que está frequentando as aulas sem estar matriculada e teme não conseguir concluir o penúltimo semestre do curso. “Meu medo é não conseguir fazer as provas presenciais”, disse.

Pela situação e por estar próximo de se formar, a aluna não descartou fazer uma queixa contra a universidade. “Eu não fui no Procon ainda, mas se precisar, irei até as últimas consequências”, afirmou Renata.

No Procon o jornal Midiamax apurou o grande número de reclamações feitas no órgão contra a universidade. Os principais problemas denunciados pelos alunos são cobrança indevida e abusiva. De janeiro até o dia 21 de setembro deste ano, já são 421 atendimentos registrados no órgão sobre a unidade da Ceará. O número é geral e nem todos representam reclamações. A principal queixa de cobrança indevida e abusiva soma 183 registros na unidade, segundo o Procon.

Já na unidade localizada na avenida Gury Marques, são 101 atendimentos registrados, sendo 44 denúncias do mesmo tipo de cobrança. O Procon ainda informou, que entre os números, estão contemplados os casos que envolvem problemas com o Fies. A instituição não se manifesta sobre essas queixas.