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UFGD atende MP e realiza curso de Antropologia e Políticas Públicas

23 fevereiro 2020 - 12h05

A UFGD vai realizar sexta-feira (28), em um projeto que envolve a Faind (Faculdade Intercultural Indígena), a FCH (Faculdade de Ciências Humanas) e a Fadir (Faculdade de Direito e Relações Internacionais), a aula inaugural do curso de extensão em Antropologia e Políticas Públicas para a Rede de Proteção às Crianças e Adolescentes Indígenas. O curso será de 180 horas, distribuídos em 20 encontros que acontecerão ao longo de 10 meses.

A proposta tem coordenação do técnico administrativo da Faculdade, Reginaldo Candado, e da professora Silvana Jesus do Nascimento (doutoranda na Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e acontecerá no auditório do Ministério Público Estadual de Dourados, atendedo recomendação do próprio MPMS.

Nesse sentido, um convênio foi firmado com a Escola Superior do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, com o apoio da Funai e do Ministério Público Estadual de Dourados/MS. O curso é voltado aos profissionais indígenas e não indígenas da Rede de Proteção Social à criança e ao adolescente que atuam com os povos indígenas em órgãos governamentais e da sociedade civil dos municípios de Dourados e Laguna Carapã, mais especificamente Conselhos Tutelares, Serviços de Acolhimento Familiar e Institucional, equipes socioassistenciais do Ministério Público e do Judiciário, somando-se aos trabalhadores da Rede SUS e SUAS e indigenistas da Funai.

De acordo com os organizadores, essa proposta tem o objetivo de oferecer formação e qualificação jurídico-antropológica de agentes indígenas e não indígenas que já atuam nas comunidades indígenas, principalmente junto às crianças e adolescentes Guarani e Kaiowá, considerados os segmentos mais vulneráveis na questão desses direitos.

Segundo a coordenação, o curso de extensão também servirá para a compreensão das instituições municipais e estaduais do seu papel junto ao público indígena; para o reconhecimento e o respeito à particularidade histórica, cultural e social dos povos indígenas; para a redução da violação do Direito à Convivência Familiar e Comunitária de Crianças e Adolescentes indígenas no Sul de MS.

“É preciso recordar que o curso surge da necessidade de qualificação desses profissionais diante da demanda de atendimento para a população indígena e do registro de um número de acolhimento de crianças indígenas superior ao das não indígenas, sobretudo quando comparada à população desses municípios”.