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UFGD comemora 15 anos de criação em Dourados

29 julho 2020 - 22h12

Criada em 2005, a Universidade Federal da Grande Dourados comemorou, nesta quarta-feira (29), 15 anos de funcionamento como uma jovem universidade que já coleciona títulos, selos, prêmios, honrarias e avaliações positivas pelo desempenho do tripé pesquisa-ensino-extensão nas várias áreas do conhecimento. Ao longo desse tempo, já formou e qualificou mais de 12 mil pessoas, entre acadêmicos de graduação e de pós-graduação.

Os 36 cursos de graduação presenciais da UFGD estão distribuídos em 12 Faculdades que integram a universidade, dois deles são ofertados na modalidade de alternância atendendo comunidades específicas: indígenas e estudantes do campo. A UFGD possui também, dentro da Faculdade de Educação a Distância, outros cinco cursos de graduação que atendem estudantes dos municípios de Mato Grosso do Sul reforçando um de seus objetivos de criação: a interiorização.

Só na graduação, estão matriculados mais de 7 mil alunos, muitos deles incluídos num Programa de Assistência Estudantil que garante a permanência e conclusão de curso. A universidade é pioneira em vários programas de auxílio a esses alunos, exemplo disso é a manutenção do Centro de Educação Infantil para filhos de estudantes e da Moradia Estudantil, para acadêmicos em vulnerabilidade social, provenientes de outras cidades.

Nesses 15 anos, muito trabalho, comprometimento e dedicação foram dispensados para que a universidade conseguisse estrutura para os cursos de graduação e pós-graduação, para a capacitação e formação técnico docente e para a logística do campus. A cada obra construída, a cada diploma entregue e a cada entrada de um técnico administrativo e de um professor, muitas comemorações pelas conquistas importantes para a UFGD.

Desde que foi criada, a história dos 15 anos foi marcada pelo desempenho de cada gestor e equipe que passaram pela Instituição: professor Damião Farias (2006-2015); professora Liane Calarge (2015-2019) e professora Mirlene Damázio (pró-tempore 2019-2020).

Material distribuído pela assessoria da universidade indica o espaço como “verdadeiro celeiro de potenciais na construção de ações e de soluções coletivas”. Inúmeros projetos de extensão atendem as zonas urbana e rural de Dourados, aldeias indígenas, populações específicas e municípios vizinhos, “em experiências que unem os saberes e promovem aprendizados valorosos tanto para estudantes e pesquisadores quanto para a própria comunidade atendida”. Só no último ano, por exemplo, a universidade desenvolveu 311 ações de extensão e 474 de pesquisa.

Nesse cenário, a UFGD já contribuiu com a formação de mais de 2.000 cientistas, estudantes que saíram da universidade mestres e doutores e que têm na pesquisa a fórmula de diagnosticar problemas e encontrar soluções para o país, para o Mato Grosso do Sul e para Dourados. Um bom exemplo dessa infraestrutura de material humano foi na pandemia, momento que a universidade executou mais de 50 ações de pesquisa, ensino e extensão que auxiliaram a população através da ação direta de seus pós-graduandos, pesquisadores e extensionistas.

Nesses 15 anos, a instituição já implantou 23 cursos de mestrado e 11 de doutorado, além das residências médica e multiprofissional em saúde, especializações e MBA e realiza, de forma compartilhada, a gestão do maior hospital do interior do Estado, o Hospital Universitário. Além disso, mantém em seu planejamento, diversos programas de bolsas científicas para acadêmicos, abrindo as portas do mundo científico também para estudantes do ensino médio.

Na estrutura organizacional de colaboradores, a UFGD soma 595 servidores docentes (80% doutores) e 950 servidores técnicos administrativos incluindo os trabalhadores do Hospital Universitário. Essa equipe especializada vem mantendo o crescimento da UFGD baseado na troca de saberes entre as pessoas, rompendo com o medo e propondo a inovação das ideias e da própria lógica.

O Hospital Universitário, atualmente administrado pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), é outra conquista da criação da UFGD. O HU realiza uma média anual de 10 mil internações, 25 mil exames de imagem e 500 mil exames laboratoriais, oportunizando assistência de saúde de qualidade para a população de 35 municípios de Mato Grosso do Sul. Todos os anos são mais de 50 mil consultas em 27 áreas de especialidade atendidas, e aproximadamente 5 mil cirurgias em 16 áreas de especialidades. Além da prestação desse serviço primordial para a qualidade de vida do povo de MS, o HU representa a possibilidade de formação na cidade de Dourados, anualmente, uma média de 80 médicos, o que colabora para sanar a escassez desses profissionais no interior do Brasil e nos municípios de Mato Grosso do Sul.

A universidade se desenvolve e se fortalece nesse cenário, de levar ao encantamento e ao orgulho quem acredita na transformação do mundo pela Educação sendo capaz de reafirmar, em todo o tempo, seu compromisso pela inclusão, pela valorização das pessoas, pelo respeito da pluralidade de ideias sempre de mãos dadas com a coletividade e os princípios democráticos.

História

A UFGD nasceu para gerar oportunidades e fomentar sonhos através de uma Educação gratuita e de qualidade. O antigo Ceud (o Centro Universitário de Dourados), campi da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) no Município, foi desmembrado e em face da ampliação das atividades, tornou-se necessário promover a ampliação das instalações, momento em que começou a ganhar corpo a ideia da constituição, em Dourados, de uma cidade universitária, voltada ao ensino superior público, gratuito e de boa qualidade. O projeto então de Cidade Universitária ganhou amplo apoio da comunidade, das lideranças políticas de Dourados e das cidades vizinhas e caminhou para sua plena concretização.

Em 2003, o Brasil institui o programa federal Avança Brasil, no qual o país foi delimitado geograficamente em nove eixos nacionais de integração e desenvolvimento, sendo que Dourados e seu espaço regional foram inseridos no Eixo Sudoeste. Uma das funções essenciais desse eixo era permitir a integração territorial com os países limítrofes, por constituir, na visão governamental, um espaço geográfico privilegiado, estratégicas no processo de desconcentração da produção, estratégica de eficiência e competitividade, capacidade de difusão, importância do setor terciário, desafio do desemprego estrutural e integração com o Mercosul.

A região abrigava uma modernização contínua em busca de competitividade, que foi incentivada pela implantação de uma Universidade autônoma administrativa e financeiramente, com destaque para a verticalização do conhecimento e da tecnologia produzida regionalmente. Assim, a expansão do ensino universitário público em Dourados poderia assumir sistematicamente a função de laboratório difusor de experiências de alta produtividade no país.

Para atender aos anseios da sociedade regional visando ao desenvolvimento sustentável, surgia então o projeto de criação da UFGD apresentando vocações como responsabilidade cidadã e social; estudos de preservação dos recursos naturais, incluindo a biodiversidade; aplicação do conhecimento científico e tecnológico para exploração do potencial econômico da região; e desenvolvimento da agropecuária e da agroindústria.

Aproveitando o Programa de Expansão das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil, do governo federal, cria-se então em 2005 a UFGD, sob tutoria da Universidade Federal de Goiás – UFG, com investimentos públicos em infraestrutura física e de pessoal e na criação de novos cursos de graduação e de pós-graduação, com pretensões de incorporação do Hospital Universitário à estrutura da nova Universidade.

A Instituição, inicialmente com seus sete cursos de graduação, passa a se expandir mais com a sua inclusão no Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI. Vê ampliado seus cursos de graduação, de pós-graduação, o número de docentes e técnicos administrativos e a oferta de vagas para estudantes de todo o Brasil