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Educação

UFGD capta recursos do Finep para montar primeiro Centro de Pesquisa em Agrotecnologia

10 dezembro 2020 - 12h39

A FINEP, empresa pública de financiamento vinculada ao MCTI (o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação), vai conceder R$ 329 mil para que a UFGD elabore o projeto executivo de obras do primeiro Centro de Pesquisa e Inovação Aplicado à Agrotecnologia de Mato Grosso do Sul (o CPINOVA-MS). A contratante será a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (FUNAEPE) da UFGD.

O subprojeto apresentado na Chamada Pública MCTI/FINEP/FNDCT/Ação Transversal – Projetos Executivos 2020 teve a proposta aprovada no início do mês de novembro. Foram contemplados apenas 27 subprojetos nas várias regiões do País que, juntos, representam aproximadamente R$ 5 milhões em investimentos federais nas universidades e nos institutos de pesquisa.

Um dos avanços que o Centro de Pesquisa e Inovação poderá promover em Mato Grosso do Sul será o de realizar projetos que envolvam nanotecnologia. A ideia central é o desenvolvimento em agrotecnologia desde o cerne da nanociência até o aperfeiçoamento de alimentos e monitoramento de safras, aplicado a práticas sustentáveis, atuando como ferramenta para modernização e valorização do agronegócio.

O prédio, caso a construção seja aprovada, contará com uma área total construída de 2.790 metros quadrados, com aproximadamente 25 laboratórios e seis salas para equipamentos, inclusive podendo abrigar itens de grande porte. Alguns equipamentos a UFGD já possui e outros serão pleiteados em novos editais da FINEP, como o CT-INFRA, por exemplo, ou em parceria com o setor produtivo. O início das obras depende de outro edital da FINEP. Contudo, só serão financiadas as construções de prédios aprovados nessa chamada em que o CPINOVA-MS foi aprovado.

Para alcançar o desenvolvimento científico em agrotecnologia, essa infraestrutura será coordenada por pesquisadores com experiência multidisciplinar e pertencentes a diferentes programas de Pós-Graduação (PPG) da UFGD, envolvendo as áreas de Química, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Nutrição, Engenharia Agrícola, Agronomia, Zootecnia, Biotecnologia, entre outras.

Além de atuar estrategicamente na inovação de produtos e soluções para a agrotecnologia, o CPINOVA-MS pretende servir como uma fonte inesgotável de formação de recursos humanos com elevada capacidade técnica provenientes dos PPGs da UFGD, os quais aplicarão os conhecimentos adquiridos tanto em âmbito regional quanto nacional.

ELO COM O AGRONEGÓCIO

Enquanto outros setores da economia brasileira, como os da indústria e de serviços, estão passando por retração causada pelas consequências da pandemia da Covid-19, o agronegócio está sendo beneficiado pelo câmbio favorável e tem apresentado crescimento significativo, alcançando números recordes tanto na safra quanto na exportação.

Para Mato Grosso do Sul, onde as principais exportações são de soja, celulose e proteína animal, o resultado no comércio exterior em 2020 apresentou superávit na balança comercial, alcançando aproximadamente 3,7 milhões de dólares, valor 38,81% superior ao verificado no período de janeiro a novembro de 2019, de acordo com a Carta de Conjuntura nº61 – Setor Externo, elaborada pela Semagro, a Secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar.

“O que queremos com o CPINOVA é intensificar o elo entre a Universidade e o setor produtivo do agronegócio. Queremos que a UFGD se torne um referencial em soluções que envolvam a agrotecnologia”, deseja o professor Victor Hugo de Souza, doutor e pesquisador em Química de Materiais na UFGD e um dos idealizadores do projeto CPINOVA.