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Educação

Biocombustíveis aproximam UFGD e escolas públicas

12 novembro 2010 - 13h17Por Redação Douranews, com Assessoria

A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) assinou nesta semana uma parceria com as Escolas Estaduais Presidente Vargas, Celso Muller do Amaral e Antônia da Silveira Capilé para o desenvolvimento do projeto “Aplicação do Biocombustível no Ensino de Engenharia e Ensino Médio”.

Esse projeto foi aprovado e recebe recursos de aproximadamente R$ 1 milhão do Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), para bolsas, custeio e equipamentos.

Sob a coordenação do professor José Francisco Vianna, da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologias, vários cursos da UFGD estão envolvidos, como o de Química, Matemática, Biologia e as Engenharias, além da Assessoria de Projeto e Inovação Tecnológica.

Na interação entre a Universidade e os alunos do Ensino Médio serão desenvolvidos sistemas de produção e aplicação de biogás, biodiesel, bioetanol e biomassa (na geração de energia). Entre os objetivos estão motivar o aluno do Ensino Médio no aprendizado de Ciências, Matemática e Engenharia, e despertar o interesse dos alunos pelos cursos de Engenharia.

Para o reitor da UFGD, Damião Duque de Farias, o projeto vem atender a carência imensa do Brasil por formação de mão-de-obra nas áreas tecnológicas, por isso o incentivo do Governo Federal por nesse sentido, e trará resultados interessantíssimos em uma área que está em crescimento e que pode aliar novas tecnologias com desenvolvimento sustentável.

A aproximação entre Engenharias e Escolas Estaduais segue o caminho que a instituição já vem trilhando para estreitar a relação entre a Universidade e a Rede Pública de Ensino, a exemplo da cota social de 25% das vagas do vestibular para quem cursou todo o Ensino Médio na escola pública; isenção da taxa do vestibular para estudantes da rede estadual de Mato Grosso do Sul, numa parceria com o Governo do Estado; e o PIBID (Programa de Bolsas de Incentivo a Docência), que coloca acadêmicos dos cursos de licenciatura dentro das escolas, realizando projetos com os alunos.

Escolas Estaduais

Para o diretor da Escola Estadual Presidente Vargas, Nei Elias Coinethe Oliveira, a expectativa é muito grande pelo início das atividades do projeto, quando de fato se confirmará a união da universidade com a escola. “É uma satisfação imensa fazer parte disso”, afirmou.

A diretora da Escola Estadual Antônia da Silveira Capilé, Rosineide Betoni, ressaltou o interesse dos professores em participar da iniciativa, contou que quando ficaram sabendo foram atrás da coordenação do projeto para participarem também e disse ver, por meio de parcerias desse tipo, que a chegada da UFGD na cidade traz muitos avanços.

Já o diretor da Escola Estadual Celso Muller do Amaral, Fábio Moreno Murcia, defendeu que as portas da escola estarão sempre abertas para projetos que colaborarem na construção de uma Educação cada vez melhor.

Salto Técnológico

De acordo com o projeto do professor José Francisco Vianna, é necessário mostrar para os alunos que o papel da Engenharia na sociedade é de transformar conhecimento técnico-científico em inovações (produtos) a serem apropriados pela sociedade. “No entanto, a forma que é praticado o ensino de disciplinas de Ciências (Química, Física e Biologia) e Matemática pouco contribue para mudar a situação. Os biocombustíveis constituem um tema muito interessante, especialmente para a região da Grande Dourados, por fazer parte do cotidiano do aluno a produção de oleaginosas, gordura animal, massa seca na agricultura, cana de açúcar, etc, que constituem matéria prima para a produção de biogás, biomassa, biodiesel e bioetanol”.

Na ocasião, o professor Eduardo Mirko Turdera, do curso de Engenharia de Energia, destacou que para o Brasil entrar na elite nos países desenvolvidos é necessário fortalecer as Ciências Exatas, sem desmerecer as demais áreas, mas tendo noção de que o salto tecnológico é possível quando apoiado pelas Engenharias, como aconteceu com a Coréia do Sul, país que tinha índices parecidos como os do Peru e conseguiu se sobressair.

Também entre os professores da UFGD que vão participar do projeto e participaram da assinatura estavam presentes: Eliete Medeiros, Andreas Dittmar Weise, Fabiana Raupp, Antonio Caetano e Áureo Cezar de Lima.