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Educação

Cresce quase 500% o número de doutores em 18 anos no Brasil

06 julho 2016 - 10h56

O número de títulos de mestrado e doutorado cresceu 379% e 486%, respectivamente, entre 1996 e 2014, no Brasil, revela estudo divulgado pelo CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) na 68ª Reunião Anual da SBPC (a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), em Porto Seguro, na Bahia. Apresentado nesta terça-feira (5), o estudo revela ainda que os títulos de pós-graduação triplicaram no mesmo período com a criação de novos cursos.

Segundo o diretor do CGEE, Antônio Galvão, a pulverização dos programas de mestrado e doutorado criou as condições necessárias para o desenvolvimento de outras regiões do País. Quanto maior o conhecimento, maior o potencial de geração de riquezas para o País, afirmou Galvão, ao detalhar o estudo.

"Quando se muda isso, muda-se a qualidade dos empregos das pessoas, porque eles [pós-graduados, mestres e doutores] vão fazer tarefas mais complexas, ter atividades e empreendimentos de maior densidade técnico-científica, que remuneram melhor, que pagam melhores salários. Todo o processo de desenvolvimento real é baseado em conhecimento. Este é o grande segredo, e é o que a pesquisa está mostrando", afirmou.

O estudo mostra o mercado de trabalho de mestres e doutores em um período de seis anos. De acordo com os dados da pesquisa, de 2009 a 2014, o total de mestres empregados foi 66% e o de doutores, 75%, bem acima da taxa de ocupação da população, que está em 53%, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Mesmo com o avanço, o Brasil aparece como antepenúltimo em um ranking de 37 países. De acordo com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), no Brasil são apenas 7,6 doutores para cada grupo de 100 mil habitantes. Apenas o México (4,2) e o Chile (3,4) tiveram desempenho inferior ao do Brasil nesta lista, conforme divulga a Agência Brasil.