Menu
Buscarquinta, 18 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
20°C
Cultura

Em aula-show na Unigran, chef de cozinha detalha culinária regional

08 abril 2019 - 19h23

A estrela da noite faz jus à culinária raiz. Prato típico da região pantaneira, o pacu foi o ingrediente principal de uma aula show, promovida pelo chef Gabriel Pimentel, professor do curso de Gastronomia da Unigran e direcionada para acadêmicos do 1º e 3º semestre. A palestra foi ministrada pelo chef Emerson Aguirre, de Corumbá, porta de entrada para o Pantanal sul-mato-grossense.

“A proposta de trazer para essa aula show um chef do nosso Estado é mostrar para os estudantes a qualidade dos nossos profissionais e o Aguirre é referência aqui para nós, ele tem formação acadêmica, entre outros cursos de especialização. Sabemos da importância de mostrar aos nossos alunos o valor da formação acadêmica e, principalmente, de todo o ensino que oferecemos aqui”, afirma Pimentel.

Aguirre começou a cozinhar aos 19 anos, mas a paixão pela culinária surgiu mesmo aos 21 anos, quando começou a fazer cursos, e a se especializar. Após os estudos, iniciou a carreira em restaurantes e buffets de Brasília, no Distrito Federal, como freelancer. Hoje, aos 31 anos, já de volta a Corumbá, criou o projeto ‘Como se fosse para Deus’ um projeto social de inclusão que instrui adolescentes e jovens através da gastronomia.

Depois de um bate-papo descontraído em que o chef contou um pouco da história de vida dele aos acadêmicos, Emerson Aguirre entrou na parte prática da aula show em que falou sobre a culinária regional. O peixe escolhido para a demonstração foi o pacu e, na primeira parte da aula, Aguirre ensinou a desossar o peixe, deixando ele totalmente sem espinhas.

“Eu fiz a desossa de um pacu, tirei as espinhas para desmistificar também a situação de que é um peixe difícil de fazer. Fiz um peixe que não é assado e nem frito, é feito em uma redução de vinho em fogo brando, finalizando o prato com batatas e especiarias”, explicou o chef.

Ainda de acordo com o palestrante, o contato com os alunos durante essas aulas show aproxima cada vez mais os acadêmicos do mercado de trabalho, mostrando um pouco a agilidade e a destreza que um chef deve ter durante a confecção dos pratos. “Na minha época de universitário não tínhamos oportunidade de participar desse tipo de atividade extra, por isso os alunos devem aproveitar o máximo todo e qualquer tipo de demonstração, atividade prática, oficinas e tudo que agregar conhecimento à jornada estudantil”, considera.

Ainda segundo o chef, mesmo depois de formado o aprendizado continua. “Por diversos momentos na minha carreira eu pensei em largar tudo, deixar tudo para trás, pois depois que saímos da universidade, muitos são os altos e baixos, mas devemos sempre nos lembrar de que a cada dia nasce um novo aprendizado, são momentos que todos vamos passar”, finaliza Emerson Aguirre.