Menu
Buscarsexta, 19 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
23°C
Entretenimento

Ficção divulgada no Youtube mostra sequestro de filha de Moro em troca de Lula

05 setembro 2019 - 13h48

Um canal esquerdista no Youtube postou um curta-metragem intitulado “Operação Lula Livre”, muito bem produzido, como observa o site O Antagonista. No filme, com quase 14 minutos de clichês, um casal sequestra a filha do juiz Sergio Moro, cujo nome é ligeiramente alterado para “Sergio Mauro”, em troca da libertação do condenado Lula — que aparece como “Luiz Jararaca da Silva”.

O esconderijo para onde a menina é levada tem um bandeira vermelha na parede, com a inscrição “Lula Livre” e o rosto do ex-presidente. Logo depois de tirar a venda da vítima (chamada de “fascistinha de merda”) e verificar que o sequestro já estava no noticiário, um dos sequestradores diz a ela: “O bundão do seu pai vai ter de ceder”; “Você não viu o Intercept? O jeito que ele conduziu a parada?”

A menina veste a camisa amarela do Brasil e é ameaçada o tempo todo, inclusive com facão, quando tenta fugir. Informado sobre o sequestro, Lula diz ao casal para liberá-la. Ao final, eles escrevem “Lula Livre” na testa da menina, numa paródia do que ocorre com nazistas em “Bastardos Inglórios”, do diretor americano Quentin Tarantino.

O canal afirmou o seguinte, ao justificar a produção: “Troca de reféns era artifício empregado pelos heróis da resistência à ditadura, com o propósito de resgatar combatentes da democracia dos porões da repressão nos anos 70. Não deveria ser diferente em tempos de bolsonazismo, ademais em se tratando do preso político mais importante do mundo, ao lado de Julian Assange, segundo Noam Chomsky: Lula. O filme Operação Lula Livre é uma elucubração fabulatória relativa à progressiva iminência desta eventualidade histórica”.

Depois de postar o curta-metragem, os responsáveis pelo canal responderam à repercussão negativa: “Operação Lula Livre é uma apologia ao pacifismo, à civilização e à democracia. O filme critica, esculacha e repudia a luta armada, se alguém não conseguiu entender o óbvio”. A área de comentários foi fechada, porque a maioria “não conseguiu entender o óbvio”, observa o texto de O Antagonista.