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Entretenimento

Lives se transformam em socorro providencial a instituições na pandemia

18 maio 2020 - 19h18

No modelo de live adotado por artistas durante a quarentena, eles cantam e fazem estripulias para divertir o público, enquanto pedem doações para instituições que ajudam a combater os prejuízos causados pelo coronavírus. Mas, depois que o show termina, qual é o caminho trilhado pelo dinheiro que foi arrecadado?

Para responder a essa dúvida, o portal G1 mostra que as instituições que receberão as doações, a depender do caso, podem ser escolhidas pelo artista ou pelo próprio doador; nas principais plataformas de doação, o dinheiro doado segue direto para uma carteira digital da instituição escolhida; e as instituições têm autonomia para decidir de que forma vão aplicar a quantia arrecadada.

Na principal plataforma de doação usada nas lives, o montante arrecadado desde o início da campanha do coronavírus chegou a R$ 7 milhões no início da semana passada. A live de Sandy e Junior, em abril, foi até agora a campeã em doações, com mais de R$ 1,8 milhão arrecadados. Em seguida aparece a live do projeto “Amigos”, que juntou Chitãozinho e Xororó, Zezé Di Camargo e Luciano e Leonardo e recebeu R$ 1,7 milhão.

Boas causas

A plataforma, que funciona desde 2012 como um aplicativo de pagamentos, tem mais de mil ONGs cadastradas. Qualquer instituição pode se registrar para receber doações, sem cobrança de taxas, durante a pandemia. As entidades passam por um processo de validação, que verifica se os recursos recebidos serão destinados a causas consistentes.

Em grande parte dos casos, o dinheiro do público de lives serve para ajudar a manter instituições que já sobreviviam com doações antes da pandemia. Com comércio fechado e eventos proibidos, elas perderam outros meios de arrecadação. O Hospital de Amor, antigo Hospital de Câncer de Barretos (SP), por exemplo, dependia de shows e leilões beneficentes para bancar parte dos cerca de R$ 40 milhões mensais que precisa para manter os pacientes.

Dessa quantia, cerca de R$ 15 milhões são repassados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e a instituição busca o restante em ações com a sociedade civil, explica a coordenadora de captação de recursos do hospital, Larissa Mello. Mas, com a pandemia, o orçamento diminuiu consideravelmente. Ela diz que, em abril, as lives de artistas renderam cerca de R$ 2 milhões em doações para o hospital. “Estamos tendo que readequar muita coisa, economizar onde dá”, diz.