Com várias atrações e diálogos virtuais, termina neste domingo (16) o Festival Mba’e Porã, que já vem sendo considerado um dos mais importantes para a cultura sul mato-grossense dos últimos anos, permitindo que artistas reconhecidos nacionalmente manifestassem apoio ao movimento que visa arrecadar recursos para os povos indígenas afetados pela Covid-19.
A situação de precarização dos povos indígenas Guarani e Kaiowá em Mato Grosso do Sul, agravada pela disseminação da Covid-19 entre as aldeias, sensibilizou atores, apresentadores e músicos reconhecidos nacionalmente e internacionalmente, como Cissa Guimarães, Renata Sorrah, Dira Paes, Luiz Carlos Vasconcelos, Zeca Baleiro, Renato Teixeira, além de Geraldo Espíndola, Tetê Espíndola e Jerry Espíndola, entre outros.
“O Festival parece que nasceu para ficar, não sabemos se será só o primeiro ou se teremos muitos em função das muitas necessidades”, contou Tiago Botelho, um dos organizadores do evento, anunciando que ao final será apresentada prestação de contas para manter aberto os canais para divulgação da cultura local e para relatar as dificuldades sofridas pelos povos indígenas.
“Mba’e Porã”, abriu espaço para importantes diálogos sobre os povos indígenas Guarani e Kaiowá em Mato Grosso do Sul, como a de Dona Damiana, que luta pela demarcação do seu território, vivendo às margens da rodovia.
A iniciativa do Festival em prol dos Guarani e Kaiowá surgiu de maneira coletiva. De acordo com a organização, os recursos devem auxiliar as comunidades indígenas no acesso à água potável, além da aquisição de itens básicos para a prevenção contra o Novo Coronavírus, como máscaras e álcool 70%. O evento conta com a participação de mais de 100 artistas, além de educadores, comunicadores e agentes culturais.
