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Futebol

Real Madrid é um time a ser batido, Barça em crise

18 agosto 2017 - 13h58Por GloboEsporte

Em nove anos que estou aqui, é a primeira vez que me sinto inferior ao Real Madrid”. A frase dita por Piqué após a dura derrota na final da Supercopa da Espanha não retrata apenas o sentimento do zagueiro do Barcelona, mas também representa um pouco do momento no futebol ibérico. O Campeonato Espanhol recomeça nesta sexta-feira (Leganés x Alavés jogam às 15h15) com um favoritismo há muito tempo não visto por parte dos merengues, enquanto do lado da Catalunha o Barça abre a temporada com uma sensação de crise. Atual campeão nacional e dono de três das últimas quatro Champions, o Real é o time a ser batido na terra que vem dominando o futebol europeu nos últimos anos.

A impressão não é apenas de Piqué. O jornal catalão “Sport” admite que há uma mudança de ciclo na Espanha com o pior Barcelona e o melhor Real – e completa: "O preocupante são as impressões: três meses depois dos dois títulos do Real, o Barça está ainda mais distante do rival e sem rumo”. Não bastasse ver o sucesso em campo do maior rival e as carências do novo time de Ernesto Valverde, o torcedor catalão ainda precisa recuperar autoestima após ver o PSG levar na mão grande Neymar, uma das grandes referências do clube na atualidade.

Nova era na Espanha

De 2008/09 a 2015/16, o Real Madrid venceu apenas um título nacional, enquanto o Barcelona levou seis para casa. Foram seis vices e um terceiro lugar no ano em que o Atlético foi campeão. A supremacia em conquistas na Espanha já não é a mesma que se via até a década passada, mas os merengues ainda encabeçam a lista: são 33 conquista contra 24 dos catalães.

Ampliando para a Europa, a geração de Messi levou quatro títulos da Liga dos Campeões entre 2005/06 e 2014/15. Isso num período em que o Real buscava a qualquer custo "La Décima". Buscou Cristiano Ronaldo, José Mourinho, mas bastou o português sair que Ancelotti levou o maior campeão europeu ao décimo título continental 2013-14. Depois, já com Zidane, ainda conquistou o bicampeonato em 2015/16 e 2016/17, retomando de vez a autoestima merengue.

Um novo time a ser batido

Independente do que aconteceu antes das férias, os merengues começam a Liga cheios de moral após vencer as Supercopas da Europa (diante do Manchester United) e da Espanha. O time de Zinedine Zidane segue com um elenco recheado de estrelas, como Benzema, Bale e Cristiano Ronaldo, além das jovens promessas Marco Asensio e Lucas Vázquez.

As saídas mais significativas foram dos reservas Morata (para o Chelsea) e James Rodríguez (para o Bayern de Munique). Por outro lado, o francês Theo Hernández e o espanhol Dani Ceballos chegam para reforçar o time da capital. Assim, Zidane não terá problemas para continuar realizando seu rodízio no elenco, elemento fundamental para os bons resultados da temporada passada.

É "crise" no Barça

Otimismo de um lado, pessimismo de outro.O eterno rival azul-grená está atravessando momento complicado e ainda busca a se adaptar às mudanças após a chegada de Ernesto Valverde, substituindo Luis Enrique no comando da equipe. O ex-treinador do Athletic de Bilbao vai ter que superar a saída de Neymar, que deixou a responsabilidade ofensiva de Lionel Messi e Luis Suárez, desfalque do time por um mês por conta de distensão no joelho na partida de volta contra os merengues.

A saída do brasileiro mexe o time, que após vencer Manchester United, Juventus e Real Madrid com Neymar na pré-temporada, foi atropelado pelo maior rival na disputa do primeiro título. A imagem deixada após a Supercopa ligou os alarmes do clube, que até agora só se reforçou com Gerard Deulofeu, o português Nelson Semedo e o brasileiro Paulinho. Ainda mais dependente de Messi, o Barça continua buscando as contratações do brasileiro Philippe Coutinho (Liverpool) e do francês Ousmane Dembelé (Borussia Dortmund).

Uma nova brasilidade na Espanha

Mas o raro momento de “crise” do Barcelona e a grande fase do Real de Zidane não são os únicos ingredientes do torneio que inicia agora. Sem Neymar, os volantes da Seleção Casemiro e Paulinho, recém-contratado pelo Barcelona, são ao lado do lateral Marcelo os principais representantes do Brasil em uma liga famosa por dar brilho a grandes atacantes do país. Foi assim com Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e, mais recentemente, Neymar.

- Acho que temos funções diferentes. O Casimiro ocupa uma posição fixa. Eu, por outro lado, fico numa posição mais avançada. Estou preparado para jogar na posição que decidirem - disse Paulinho, ao ser apresentado no Barça.

Apesar da saída de Neymar, o Barça é o time com mais brasileiros no Espanhol (4), são eles: Douglas, Marlon, Paulinho e Rafinha

Reserva de Marcelo na Seleção, Filipe Luís também é mais um destaque brasileiro no Campeonato Espanhol. Ganso segue em busca de seu espaço no Sevilla e outros dois ex-santistas são as grandes esperanças de gols do Brasil na competição: Willian José (Real Sociedad) e Léo Baptistão (Espanyol). Tem ainda o ex-vascaíno Douglas Luiz, recém-contratado pelo Manchester City e emprestado ao Girona.

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