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Futebol

Grêmio não leva perigo mas neutraliza arma do Botafogo, próximo jogo é na Arena

14 setembro 2017 - 18h20Por GloboEsporte

Ufa! O apito final encerrou os primeiros 90 minutos das quartas de final da Libertadores. E um jogo que dá vaga na semifinal da maior competição do continente precisa ser como foi Botafogo x Grêmio: brigado, com equipes intensas em campo. Mas também com algum espaço eventualmente não aproveitado, especialmente pela parte tricolor. O time de Renato mostrou outra postura no jogo, deu a impressão de remediar todos os possíveis venenos planejados por Jair Ventura, mas pecou na parte ofensiva. E o placar terminou em branco.

Por sinal, tem sido algo recorrente. Nos últimos cinco jogos, o Grêmio só fez gols na goleada por 5 a 0 sobre o Sport. Muitos gols, é verdade. Porém, na análise da sequência, torna-se um ponto fora da curva. Antes do duelo com o Botafogo, o Grêmio teve derrota para o Vasco, eliminação para o Cruzeiro na Copa do Brasil e o empate em 0 a 0 com o Atlético-PR – ok, este com reservas.

No empate desta quarta, foram duas chances de gol. Uma com Fernandinho, salva por Joel Carli quando Gatito já havia sido batido, e outra em jogada individual de Arthur e defesa de Gatito. O volume costumeiro do Grêmio tem rareado. Lucas Barrios, por exemplo, não finalizou nenhuma vez ao gol do compatriota. Claro que há o peso do desfalque de Luan.

– O Grêmio respeita sempre os adversários. Serão 90 minutos difíceis. A torcida nos apoiará. Jogaremos em casa. O Grêmio saiu para o jogo hoje (quarta), mas infelizmente não fizemos o gol. Buscaremos a vitória como sempre fazemos – disse Renato após o empate, que viu as melhores chances para o seu lado.

Renato organizou o Grêmio um pouco diferente em relação ao último sábado. Além da postura, uma correção tática. Léo Moura voltou a atuar aberto pela direita no meio de campo, como um "segundo lateral". Ramiro foi deslocado para o centro. Arthur se desprendia da linha de Jailson e avançava com a posse de bola. Sem ela, Ramiro ficava solto à frente de uma linha de quatro. Cortez, Jailson e Léo Moura foram alvos do treinador durante o jogo, sempre ativo e alertando os comandados.

– A gente tem que se adaptar ao que o treinador pede e ao que o grupo precisa que faça. Já tinha desempenhado esta função. Quando perdemos uma peça, temos que nos virar nos 30 para suprir esta falta – explicou Ramiro.

Solidez defensiva

Se não houve muitas oportunidades, por outro lado, a parte defensiva funcionou – e muito bem. Jailson ocupou os espaços necessários nas coberturas aos laterais e esteve bem na frente da área. A recomposição como um todo era extremamente organizada, o que amarrou a principal arma do Botafogo: o contra-ataque. Em determinado lance, o time de Jair buscava avançar, tinha quatro jogadores no campo ofensivo. O Grêmio rapidamente se organizou com sete marcadores. Não houve um chute na meta de Marcelo Grohe.

Arthur foi o símbolo do controle do Grêmio, embora a posse de bola tenha registrado equilibrados 51% x 49% para os gaúchos. O volante se multiplicou em campo e criou uma das melhores chances gremistas. Mas também tem a característica de ficar com a bola no pé bastante tempo e girar o jogo antes de ir ao ataque. Resume um pouco da atuação do Grêmio.

O resultado não foi visto como ruim pelo Grêmio, mesmo que a decisão esteja a caminho dos pênaltis quando o juiz der o apito inicial na Arena, na próxima quarta-feira. Há a confiança que o time estará mais encorpado com Geromel e Luan, além do retorno de Michel no meio-campo.

O 0 a 0 deixa tudo a ser resolvido em Porto Alegre. A vantagem do Botafogo é no gol marcado fora de casa, se conseguir. Aí, pode empatar o jogo que vai para a semifinal. O Grêmio retorna de sete dias no Rio de Janeiro na tarde desta quinta-feira e precisa vencer para se classificar. Antes, porém, recebe a Chapecoense, às 16h de domingo, pelo Brasileirão.

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