Ele saiu de Dourados em 2002 em busca de melhores condições para competir em Portugal. Amigo de longa data de Raul Cançado, reside hoje em Cascais, distrito de Lisboa (Portugal), e compete pela Avalanche Bike nos principais torneios do Velho Continente. O douradense Wanderson Vicentin, de 29 anos, se considera um ciclista de sucesso após quase uma década fora do Brasil.
“Não sou um super campeão, mas para chegar aqui onde estou, ter uma oportunidade, ralei bastante e dou muito valor a isso”, afirma o ciclista, especialista em maratonas de mountain bike.
Vicentin saiu de Dourados há 8 anos com o amigo Raul, que acabou retornando ao Brasil um ano depois. Hoje, ele trabalha para a Afective, empresa que banca os custos de sua equipe. “Para correr não ganho salário, mas temos um bom apoio financeiro, que dá para manter”, conta.
Integrante de uma equipe de porte médio, o ciclista não descarta a possibilidade de voltar a competir no Brasil. Porém, para que isso aconteça, ele defende uma mudança no comando do ciclismo local para poder “tentar a sorte” por aqui.
“Vontade não falta, e ainda não sei bem o que vou fazer. Aí em Mato Grosso do Sul tem um problema que parece que não vai acabar tão cedo, que se chama Federação de Ciclismo. Pelo que sei, os atletas do mountain bike não têm muitas chances. É complicado se não temos apoio deste órgão”, critica o ciclista.
“Se quisermos ter oportunidades, temos que ir para os grandes centros, como São Paulo, ou sair e tentar a sorte como estou fazendo aqui”, acrescenta Vicentin, que faz questão de frisar que não se esquece de onde veio.
“Aqui em Portugal faço uma mega propaganda do nosso País, e principalmente do nosso Pantanal”, finaliza.
