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Argentina prepara pacote fiscal para ajustar acordo com o FMI

03 setembro 2018 - 12h53

O governo argentino deverá anunciar, ainda nesta segunda-feira (3), um pacote de medidas de ajuste econômico, que devem incluir a redução do número de ministérios e demissões no setor público. O presidente Mauricio Macri passou o domingo (2) reunido com os principais assessores para definir as mudanças. Nesta terça-feira, a Argentina inicia a renegociação do acordo fechado com o FMI (Fundo Monetário Internacional) em junho, e que precisa ser revisto diante da nova crise cambial. A última semana foi de alta volatilidade no país, em que o peso perdeu 25% de seu valor em relação ao dólar norte-americano.

“O que estamos vivendo é uma crise de confiança – não apenas na economia argentina e na capacidade do governo de honrar seus compromissos em 2019, como afirmou o próprio presidente Mauricio Macri – mas também no próprio FMI, como instrumento para nos ajudar para sair dessa situação”, disse à Agência Brasil o analista político Rosendo Fraga.

A situação atual é diferente da transformação prometida por Macri, quando assumiu depois de 12 anos de governos de Nestor Kirchner (2003-2007) e de Cristina Kirchner (2007-2015).

A inflação de dois dígitos, que Macri herdou e prometeu baixar, já deve superar os 30% até dezembro. Agora, com a última corrida cambial, alguns economistas preveem que será ainda maior. Em um ano, o peso argentino perdeu 104% em relação ao dólar norte-americano, que na Argentina funciona como termômetro da economia. Quando a moeda dos Estados Unidos sobe, os preços na Argentina acompanham, gerando um ciclo inflacionário vicioso. E como os salários ficam atrasados, cai o poder de compra e cresce a pobreza – algo que o próprio presidente já admitiu que vai ocorrer, segundo a publicação.