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Bolivianos comemoram a renúncia de Evo Morales

11 novembro 2019 - 12h34

Evo Morales renunciou à Presidência da Bolívia no domingo (10) e ainda não está claro quem irá substitui-lo. Em 20 de outubro, ele havia sido eleito em primeiro turno em eleições gerais, mas protestos violentos e denúncias de fraude na votação aumentaram a tensão no país. Morales perdeu apoio dos militares, que pediram a saída dele do cargo.

O desenlace ocorreu depois que a OEA (Organização dos Estados Americanos) divulgou, no começo da tarde deste domingo resultado preliminar de apurações feitas após o processo eleitoral, apontando a necessidade de novas eleições. No poder desde 2006, Evo Morales disputou uma nova reeleição em 20 de outubro deste ano.

A candidatura já havia sido contestada – um referendo feito em 2016 rejeitou essa possibilidade, mas, em 2018, a Justiça Eleitoral autorizou Morales a tentar um quarto mandato. O argumento era que o limite de mandatos viola a garantia constitucional de que qualquer cidadão tem o direito de candidatar-se. Mesmo antes do fim da contagem dos votos de outubro, protestos tomaram as ruas da Bolívia. Simpatizantes de Carlos Mesa, opositor de Morales, denunciavam fraudes na apuração.

Ao tomar conhecimento do relatório da OEA, Morales anunciou novas eleições, mas a notícia não foi suficiente para conter a ira da oposição. Naquele momento, ele já tinha perdido apoio dos militares, que se recusavam a reprimir manifestações.Os chefes das Forças Armadas e da Polícia pediram, então, que Morales deixasse o cargo para "pacificar o país".

Ele concordou em sair, mas disse que era vítima de um golpe cívico, político e policial, que teve a casa destruída e que a polícia tem uma "ordem de prisão ilegal" contra ele. A afirmação foi contestada pelo chefe de polícia, o general Yuri Vladimir Calderón. A população saiu às ruas em grande manifestação para ‘celebrar’ a renúncia de Morales.