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Polícia

Nove são indiciados por adulterarem aeronaves usadas para o tráfico

17 agosto 2017 - 11h28

A delegada Ana Cláudia Medina, titular da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), indiciou nove pessoas suspeitas de integrarem uma organização criminosa que adulterava aeronaves utilizadas no tráfico de drogas, além de usarem “laranjas” para lavarem o dinheiro do esquema ilícito.

Um homem de 35 anos, apontado como líder da organização, e outro de 36 anos, que seria o braço direito e contador do grupo, foram presos no dia 4 de agosto. Além deles, foram indiciados pai e filho que faziam o serviço de pintura das aeronaves, dois ex-proprietários da empresa de Campo Grande usada para lavagem de dinheiro, um pedreiro usado como laranja dessa empresa, um mecânico de hélice e um mecânico de 45 anos que está foragido.

De acordo com a delegada, os crimes atribuídos aos suspeitos são de organização criminosa, falsa comunicação de crime, atentado à segurança de voo, homicídio, ocultação de cadáver, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

A investigação da Operação Narcos, que é um desdobramento da Ícaro, começou em dezembro de 2016 quando o líder comunicou o furto de uma aeronave de um hangar do Aeroporto Teruel, na capital sul-mato-grossense. Esse avião estava em nome da empresa campograndense.

Neste período, foi registrado um boletim de ocorrência de desaparecimento de um piloto de Arapongas/PR. Também houve um acidente aéreo no dia 21 de dezembro, na Bolívia, onde morreu um piloto de 18 anos e o idoso que estava junto foi resgatado. No avião, que foi queimado, foram encontrados 600 gramas de cocaína. Essa aeronave era o mesmo modelo do suposto furto no aeroporto da capital.

Outro fato que chamou atenção da polícia foi a apreensão de uma aeronave, no dia 24 de dezembro, dois dias depois da perícia no hangar onde teria ocorrido o furto. Segundo a delegada, ela estava sendo modificada na cor e no prefixo.

Com a ajuda das autoridades bolivianas, a polícia identificou o piloto de 18 anos vítima do acidente aéreo. Havia um registro de boletim de ocorrência de desaparecimento dele em Ponta Porã três dias antes do acidente.

Medina afirmou que a falsa comunicação foi feita porque na madrugada do dia 21 de dezembro, o jovem piloto e o idoso decolaram com nove galões de 50 litros de combustível, voando abaixo do limite onde os radares detectam e, na volta, aconteceu o acidente.

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