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Polícia Militar Rodoviária registra recorde de apreensões de drogas no ano

20 dezembro 2019 - 19h32

O BPMRv (Batalhão de Polícia Militar Rodoviária), unidade da PM (Polícia Militar) de Mato Grosso do Sul, responsável pelo policiamento ostensivo e fiscalização de trânsito nos mais de 15 mil Km de rodovias estaduais, apreendeu em 2019 o maior volume de drogas de toda a história da corporação.

A unidade foi criada no ano de 1986 e sempre se destacou no enfrentamento aos crimes transfronteiriços, principalmente no tráfico de drogas. Desde então tem registrado o acúmulo de grandes apreensões, destacando-se o ano de 2017 quando registrou a até então marca histórica de 86 toneladas de entorpecentes.

No ano de 2018 foram apreendidas 66,9 toneladas de entorpecentes, mas, o ano de 2019 ainda nem terminou e a Polícia Militar Rodoviária acumulou apreensões que superaram a marca histórica em mais de 2 toneladas, estabelecendo até à presente data apreensões que totalizam 88,2 toneladas de entorpecentes nas rodovias estaduais de MS, 21,1 toneladas a mais do que todo o ano passado.

Além de ter acumulado um volume maior de apreensões, também se verificou um significativo acréscimo nas prisões e no número de fatos registrados. Em 2019 foram 226 casos, contra 166 em 2018, aumento de 26,54%. As prisões também tiveram relevante acréscimo: foram 322 pessoas autuadas em flagrante pelo crime de tráfico de drogas, nas rodovias estaduais em 2019, contra 237 pessoas presas em 2018.

Somente em ônibus de transporte intermunicipal de passageiros foram presas 63 pessoas pela prática deste crime, acumulando pouco mais de 1 tonelada de drogas apreendidas, as chamadas “mulas do tráfico” que costumam utilizar desta prática para introdução de pequenas cargas de drogas, em média de 10 a 50 kg, nos estados vizinhos.

A maconha e seus derivados ainda são as drogas de maior volume de apreensão pela PMR, mas a cocaína e seus derivados também integram a lista. Em 2019 foram pouco mais de 600 Kg da droga. Mas, o “modus operandi” de traficantes se diversifica a cada dia, com destaque aos chamados “cavalos doidos”, quando os criminosos sequer tomam o cuidado de ocultar o entorpecente e circulam nas rodovias em alta velocidade, os “mocós”, quando ocultam o entorpecente e as grandes cargas trazidas em caminhões e carretas.

Para o comandante da PMR, tenente coronel Wagner Ferreira da Silva, “enfrentar o tráfico de entorpecentes nas rodovias estaduais representa um serviço do estado de Mato Grosso do Sul a toda sociedade brasileira, pois interrompe um ciclo criminoso, descapitaliza o crime organizado e contribui diretamente na diminuição da violência urbana”. E, continua explicando, “o tráfico de drogas aumenta o poder financeiro das organizações criminosas, por consequência seu poderio bélico, induz a prática do roubo e furtos, principalmente à veículos que são utilizados para o transporte de drogas e como moeda de troca nos países vizinhos e grandes produtores de drogas”.

As apreensões e prisões também revelam toda uma rede de apoio a esta prática criminosa, como a utilização dos chamados “batedores” e “olheiros”, que monitoram a atividade policial buscando facilitar o transporte do entorpecente, além de identificar que os grandes centros brasileiros seriam os principais destinatários do entorpecente apreendido em Mato Grosso do Sul.