De acordo com informações procedentes da fronteira, a polícia paraguaia foi acionada para comparecer até a uma estrada vicinal na região da Colônia Mafusi, onde, segundo constava na denúncia, havia a presença de um cadáver às margens da via.
No local, a polícia encontrou o corpo de um homem, que posteriormente foi identificado pelos familiares como sendo o paraguaio Bernardo Delgado, de 37 anos.
Durante os levantamentos, constatou-se que Bernardo Delgado foi vítima de tortura antes de ser executado. Os assassinos dele - a polícia trabalha com a hipótese de que pelo menos três pessoas participaram no crime - colocaram um saco plástico de cor preta na cabeça da vítima e passaram a espancá-lo.
Ao retirar o saco plástico da cabeça de Bernardo Delgado, a polícia constatou que o homem ainda tinha duas perfurações provocadas por arma de fogo de grosso calibre e marcas de espancamento pelo corpo e na cabeça.
Presente nos levantamentos sobre a morte de Bernardo Delgado, a promotora de Justiça Lurdes Pena, junto com a perícia médica, constatou que o corpo estava em estado rígido cadavérico, o que se leva a acreditar que ele tenha sido executado durante a madrugada.
Como não portava documentos, o corpo de Bernardo Delgado foi levado para o necrotério
Com relação às causas do crime e pela forma como ele foi cometido, a polícia paraguaia não descarta a possibilidade de que Bernardo Delgado tenha sido punido por algum grupo de pessoas envolvidas com o narcotráfico ou até mesmo com o contrabando, num ajuste de contas entre eles.