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Tecnologia

Ciberataques com origem na Rússia afetam empresas de 74 países

12 maio 2017 - 21h14

Empresas de ao menos 74 países, incluindo o Brasil, foram alvos de ciberataques em "larga escala" nesta sexta-feira (12), segundo a empresa de segurança russa Kaspersky Lab. Os ataques afetaram hospitais públicos na Inglaterra e atingiram sistemas de empresas ao redor do mundo. Estimativa divulgada à tarde pelo grupo russo de segurança Kaspersky Lab fala em 74 países.

Representantes de hospitais afetados na Inglaterra relataram que cancelaram atendimentos e redirecionaram ambulâncias para outras unidades No Brasil, ataques levaram empresas e órgãos públicos a tirarem sites do ar como “medida de prevenção”.

Os ataques usam vírus de resgate ("ransomware"), que inutilizam o sistema ou seus dados, até que seja paga uma quantia em dinheiro. Segundo a Kaspersky, o vírus se espalha por meio de uma brecha no Windows. O “The New York Times" diz que a ação pode ter usado ferramenta roubada da NSA, a agência de segurança nacional dos EUA.

Os ataques usam vírus de resgate (ou "ransomware"), que inutilizam o sistema ou seus dados, até que seja paga uma quantia em dinheiro - entre US$ 300 e US$ 600 em Bitcoins, diz a Kaspersky. Ou seja, eles "sequestram" os dados e pedem uma recompensa. A empresa detectou 45 mil ataques, em relatório divulgado na tarde desta sexta-feira. A maior parte foi registrada na Rússia.

No Brasil

No Brasil, os ciberataques levaram várias empresas e órgãos públicos a tiraram sites do ar, como a Petrobras, as agências do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), as sedes do Tribunal da Justiça de São Paulo, Sergipe e Rio Grande do Norte e o Ministério Público de São Paulo.

O INSS divulgou um comunicado a todas as agências do Brasil dizendo que os "microcomputadores devem ser desconectados da rede. Aqueles microcomputadores que sofreram ataque - os que tiverem tela vermelha – devem ser separados e mantidos desligados". Também foram desligados todos os servidores da Dataprev.

A superintendência regional da PF informou que acionou o serviço de inteligência para verificar extensão do problema. A Petrobras divulgou comunicado dizendo que, "ao tomar conhecimento de um vírus global, a empresa adotou medidas preventivas para garantir a integridade da rede e seus dados".

Após ciberataque à Telefônica na Espanha, a Vivo no Brasil orientou funcionários a não acessarem a rede corporativa da empresa no Brasil - a medida foi direcionada para os escritórios da empresa, sem afetar os usuários dos serviços da Vivo.

Como age o vírus

Os vírus de resgate são pragas digitais que embaralham os arquivos no computador usando uma chave de criptografia. Os criminosos exigem que a vítima pague um determinado valor para receber a chave capaz de retornar os arquivos ao estado original, como repercutiu matéria do portal G1.