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Odilon diz que incentivo fiscal deve continuar, ‘mas propina vai acabar’, se eleito

09 agosto 2018 - 20h23

O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, aprovado como candidato a governador na convenção que o PDT realizou dia 21 de julho em Campo Grande, anunciou nesta quinta-feira (9), no Douranews, que é favorável à manutenção e até o incremento do programa de incentivo fiscal concedido pelo Estado às empresas. “O que não pode continuar é a propina”, disse, a propósito dos mandados de prisão e apreensão de documentos cumpridos esta semana em mais uma operação do Gaeco, órgão auxiliar do MPE (Ministério Público Estadual) de combate à sonegação fiscal e corrupção.

“Corrupção é um sentimento que toma conta da alma do brasileiro, por onde ando só ouço falar disso, as pessoas estão enojadas e não querem mais ouvir falar no assunto, esta deve ser a primeira ação do próximo governante, porque o incentivo fiscal deve funcionar como a troca de isenção de tributos do Estado por geração de empregos, nada mais do que isso. Acabar com a sonegação fiscal é prioridade zero”, disse o candidato.

Odilon esteve no Douranews acompanhado do candidato a vice-governador, o bispo evangélico Marcos Vitor, a quem considerou ‘um achado’ para completar a chapa na disputa das eleições deste ano; antes dele, experimentou o empresário Herbert Assunção, presidente da Fundação de Pesquisas do Estado e a radialista Keliana Fernandes, também de Dourados. “Vejo a mão de Deus nisso tudo, porque assim como o dr Odilon, nunca imaginei entrar, antes, em política e agora estamos juntos, no tempo certo, para levar uma mensagem de esperança ao Estado”, completou o candidato a vice.

Relações com André

O ex-juiz Odilon falou sobre as operações policiais de combate a corrupção. Definiu a Lava Jato como “um exemplo bem didático para que o homem público pense bem antes de roubar” e sobre a Lama Asfáltica despachou, ainda quando comandava o 3º. Juizado Federal, por onde tramitou o processo, “para que não fosse designado o juiz Odilon no caso”, diante das boas relações, que definiu ‘institucionais’, que mantinha com o ex-governador André Puccinelli, um dos investigados, preso desde o dia 20 do mês passado, e alijado da disputa eleitoral.

Se eleito, Odilon definiu como primeiro ato de Governo um choque na estrutura moral. “A fronteira é violenta há décadas, o tráfico e a morte imperam, e nossa Segurança não consegue resolver. Tem que envolver a Educação e a Saúde nesse debate, e buscar industrialização com justiça fiscal, menos impostos e mais empregos. O Paraguai está aberto, economia forte, captando brasileiros para investir. Por que? Porque o Brasil não inspira confiança”, analisou.

Aquário do Pantanal e Fundersul

O candidato disse que o maior exemplo da falta de prioridade dos governantes mais recentes é o Aquário do Pantanal, obra que já consome mais de R$ 200 milhões e que, segundo estimou, ainda vai precisar de mais uns R$ 50 milhões para ficar pronta. Ele atribui responsabilidades ao ex-governador, por ter iniciado a obra e ao atual, por não te-la concluído, “mas eu vou concluir, e entregar para visitação e pesquisa, mesmo a gente tendo um Pantanal inteiro bem pertinho, e de graça”, disse.

Por isso mesmo, defendeu que as licitações de obras sejam realizadas de forma pública e transparente, “transmitidas ao vivo pela imprensa”, para não haver má aplicação do dinheiro público. E mais: Odilon quer saber como, onde e com quem é aplicado o percentual equivalente a 25% da arrecadação do Fundersul, um fundo criado ainda no Governo do atual deputado federal Zeca do PT para cuidar da malha viária do Estado, sucateada, segundo ele, e onde “nem ponte para em pé”.

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